Sempre achei que tinha nascido para ser [entre outras coisas] mãe. Se calhar enganei-me. Eu adoro ser mãe, especialmente do meu filho, que eu digo sempre que fui agraciada com um puto espectacular. Eu adoro tratar dele, dar-lhe banho, alimentá-lo, brincar, tratar da roupinha dele, envolver-me em tudo o que lhe diga respeito.
A minha dificuldade está em lidar com o resto do Mundo. Tinha feito um post enorme sobre este assunto, mas o blogger decidiu não colaborar e perdeu-se tudo. E agora não tenho pachorra para repetir. Fica só a ideia de que ontem fui com ele a um parque infantil, procurando um final de tarde agradável e vim de lá com os cabelos em pé.
Gente que finge que não está ali, que não vê, que não ouve. Incapaz de uma chamada de atenção. Um garoto pouco mais velho que o meu arrancou-lhe literalmente a bola das mãos [uma bola pequena], eu a tentar gerir a situação da melhor forma ao mesmo tempo que procurava descobrir uma mãe/pai daquela criança. Ao fim de 10 minutos de "anda cá, brinquem os dois, o M. empresta-te a bola, mas sozinho não tem graça, anda brincar com ele, traz cá a bola", aparece uma anormal que a única coisa que diz é "ai, ele é assim, não gosta de brincar com os outros". A minha vontade foi desistir de ser civilizada, estou eu ali quase a implorar a um fedelho que devolva a bola do meu filho e vem uma mula descartar-se totalmente do papel que lhe compete. E este foi só um exemplo, porque o que vi por ali deu-me náuseas... Haja poder de encaixe.
10 comentários:
Compreendo perfeitamente. Eu nunca gostei de crianças egoístas, daquelas que acham que os lápis, canetas, brinquedos e tudo e tudo são só delas e partilhar com os outros, nem pensar. Bem sei que todas as crianças, tal como os adultos, tem a sua própria personalidade e há uns mais egoístas que outros mas eu desaprovo o egoísmo. Sempre transmiti às minhas sobrinhas e quero transmitir ao meu filho que saber partilhar é o melhor para se criar um bom ambiente entre todos, uma boa convivência, nomeadamente, entre as próprias crianças, no entanto, percebi um dia que há pais que ensinam aos filhos que o que é deles, é deles e ponto final. Não me meto na educação que os outros pais querem dar à criança mas é por essas e por outras que depois surgem fedelhos que tão habituados a não partilharem acham que o que é dos outros também é deles. Como essa mãe "ai, ele é assim, não gosta de brincar com os outros". E pronto. Não gosta, não gosta mas pelo menos tirava a bola das mãos do seu próprio filho, pedia-te desculpa e devolvia a bola o quanto antes. Não era esperar quer tu resolvesses a situação com o filho dela.
As crianças podem ser os serzinhos mais doces do mundo quando lhes é mostrado esse caminho, q é coisa q muitos pais nao tem pachorra para fazer.
Sao capazes de gabar isto e aquilo em frente aos amigos e quando há necessidade de ter uma mão "mais dura" precisamente para lhes mostrar q as coisas nao sao bem como eles pensam e q nem tudo lhes pertence, nao sao capazes de o fazer. O que me chateia mais (para naop dizer mais) é quando estou a ver uma criança a fazer algo que está mal uma e duas e tres vezes seguidas e os papás a volta olham e ignoram ou entao riem-se e acham muita piada. Mas se forem os filhos dos outros ja é um horror, ja é condenavel.
Enfim, este assunto por mim dava "pano para mangas" mas fico me por aqui. Somente queria assinalar o quanto concordo contigo.
Beijo *
Ainda bem que há quem me entenda, já hoje no facebook esta "discussão" se gerou e eu fiquei contente por ver o rumo da conversa. É demais, mesmo. Custa-me imenso generalizar, mas a verdade é que assisto a cada vez mais episódios destes. Bem sei que há pessoas conscienciosas, mal de nós todos se assim não fosse, mas bolas... cruzo-me com tantas da outra equipa, dos que fingem que são cegos, surdos e mudos...
Obrigada pela vossa partilha.
Compreendo totalmente. Existem pais que só servem para enfeitar mais nada. Responsabilidades e educar os filhos não é de todo com eles. Eu muitas vezes só não perco a calma por a Sofia estar comigo porque a vontade é de dar um enxerto aos paizinhos de alguns meninos.
Afinal a culpa não é das crianças mas sim dos pais que não valem nada!!!
Mami, vou transcrever para aqui um dos meus comentários no FB a propósito do mesmo tema: "eu estava sozinha com o M e já estava a ficar irada e eu sei que depois não me controlo e a última coisa que queria era arranjar um bate-boca com o garoto ali ao lado. Não sei se fiz bem, fiz o que a consciência mandou naquele momento. Mas fiquei com uma camada de nervos brutal..."
Foi só por isso que a coisa não descambou, porque, tal como tu, pensei 1º nele do que na minha vontade de distribuir tabefes. Enfim.
Bjinho
De certa forma sinto-me acompanhada. Como diz o ditado - o mal de muitos é consolo...
Ontem deixei aqui um comentário, que não sei se terá sumido como alguns do nosso blogue.
O que dizes é bem verdade e sinto-me acompanhada nesta minha incompreensão face a tanta passividade e indiferença de quem acompanha os pequenos.
T zero, sim, sumiu-se. O teu e os anteriores. Mas eu ainda tinha visto na notificação por mail Obrigada também pela partilha. Cada vez que me lembro da espigadota fico com comichão :)
Ah, então algo aconteceu com os blogs e bloggers. Pois, é que na quarta-feira eu deixei comentários em vários blogs e na quinta já se tinham sumido. Julguei que o problema era do meu computador, pelos vistos não...
tens razão! evito parques mt movimentados e principalmente c mts crianças desacompanhadas!!!
é preciso paciencia!
;)
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