sexta-feira, 29 de abril de 2011

Serviço público

Se por acaso houver algum canal a transmitir a queca real, façam o favor de me avisar, tá?

terça-feira, 26 de abril de 2011

O meu filho [não] é melhor que o teu e eu [não] sou melhor mãe que tu, blablabla, whiskas saquetas

Este post vai ser mal amado, mas aqui vai na mesma :)


Antes de ser mãe, sempre notei uma certa tendência na generalidade das pessoas para comparar o que não tem comparação. Cada miúdo/a é um/a miúdo/a e nenhum é melhor que o outro só porque começou a andar com 9 meses, ou porque fala pelos cotovelos aos 13, ou porque aprendeu a ler sozinho aos 3 anos e assim por diante. Da mesma forma, cada casal [ou cada mãe e cada pai individualmente], deve decidir a melhor educação para o seu filho. Para o seu. Não para os filhos dos outros, se faz favor. E eu posso até não comungar dos mesmos ideais, mas [à excepção de casos limite de maus tratos, por exemplo] respeito as escolhas de cada um, como exijo respeito pelas minhas, pelas nossas. Dou opiniões, se mas pedirem. Mas não dou palpites gratuitos, não mando bitaites.


Se há coisa que me tira do sério mesmo é ouvir mãezinhas [sim, são sobretudo as mães] gabarem-se que se acham o suprassumo da maternidade, muito mais mães que todas as outras mães, porque, a título de exemplo:


-Deram de mamar até à exaustão, com as mamas desfeitas e lágrimas nos olhos de tanta dor, com os bicos gretados, mas mesmo assim não desistiram. Desculpem, mas eu não acho que sejam melhores mães por isso. Há momentos na nossa vida, em que procurar uma alternativa melhor para nós, é também o melhor que fazemos pelos nossos filhos [e atenção que eu não me estou a defender em causa própria, porque o desmame do piolho aconteceu naturalmente e eu nunca sofri horrores com a amamentação, apenas os normais dias-melhores-dias-piores].


-Deixam de ter vida própria e só aceitam a ideia de que quem tem filhos tem de abdicar do que gosta, porque tem de dedicar-se 100% aos filhos e nada é mais importante que estar com eles e só os programas que os possam incluir devem ser equacionados [nada contra, atenção. Só nunca me venham dizer que são melhores mães que eu por pensar de maneira diferente e por deixar o meu filho dormir uma noite nos avós esporadicamente para poder fazer um programa de gente crescida].


-Nunca levantaram a voz ou tiveram vontade de dar uma palmada valente num filho [eu aceito as convicções das pessoas que não batem nos filhos e não berram com eles e se conseguem controlar sempre. Eu própria faço um esforço enorme para evitar berros e palmadas, porque não acredito que sejam a melhor forma de educar. Mas no dia em que eu der uma palmada ao meu filho - porque isso vai acontecer -, não aceito ouvir ninguém dizer que nunca bateu e, por isso, é melhor que eu].


E eu podia ficar aqui a tarde toda a dar exemplos, mas acho que já deu para perceber. Queria apenas deixar claro que eu não critico nem condeno nenhuma destas situações. Simplesmente não aceito que sejam usadas como estandarte nesta coisa difícil que é a maternidade.

Frases aos 17 meses

"Água, anda cá ôta bez"- a chamar o repuxo de água de uma fonte

"Pai, anda cá! Fáxabôre" - a chamar o pai

"Avô! Ó pópôs. Depéssa" - a chamar o meu pai para a janela, para irem ver os carros passar

"Quero uma banana" - dispensa explicações

"Ó mãe, dá uma molachinha" - a pedir bolachas

"Ôto, mamã! Ôto gute" - ainda o 1º vai a meio, já está preocupado com o 2º

"Olha! Ôta luz" - sempre que alguém acende uma luz

"Ó mamã, apanha. A chupetinha" - quando está deitado e não quer dormir, atira a chupeta para o chão e chama-me

"Ó vó, a bola. Tá (a)li." - quando não chega à bola, a desgraçada da avó é que tem de andar de rabo para o ar

"Já chega. Não qué mais" - quando não quer mais leite/sopa/fruta/por cremes/etc..

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Antes que me esqueça

Aos 17 meses, pela primeira vez, fica sossegado no meu colo enquanto lhe leio uma história do início ao fim: "A borboleta corajosa"


E mais, quando a história acabou: "Mãe, ôta bez"

Já disse que esta fase que ele atravessa podia durar até aos 18 anos!?!?!?!??!?! Loving it!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Melhor definição de mim própria, ever

A Ni é a Ni, pronto.

Passeai, Flores

Foi há 2 anos, mais coisa menos coisa que conheci este blog. Li de fio a pavio e ri-me tanto, tanto, tanto! Hoje voltei lá [infelizmente já não é actualizado vai para 7 meses] e resgatei este meu comentário:


"Olá! Estava eu aqui no tédio de uma tarde de trabalho que já se arrastava entre telefonemas difíceis e visitas inesperadas, daquelas que não interessam nem ao Menino Jesus.. quando recebo via msn um link acompanhado da seguinte mensagem: "olha o blogue que eu descobri..." http :/ controversamaresia.blogs.sapo.pt /. [foi a Sininho que me enviou]. Resolvi explorar e quase acidentalmente fui redireccionada para aqui, para o universo das "filhinhas da barata". Tu, fantástica versão feminina do humor nuno-markliano , não imaginas o quanto eu me identifico com esta tua visão. Devorei os posts , um por um, desde Janeiro de 2005. Larguei altas gargalhadas, tão altas que se tornou impossível não partilhar alguns com a colega do lado. Estou grávida de 3 meses mais coisa-menos-coisa . Chamo-lhe o meu inquilino misterioso e aguardo a sua chegada cheia de expectativas e com um imenso optimismo... que quase se ia desvanecendo ao explorar pela internet os variadíssimos fóruns e blogues frequentados pelas mães maravilha, as da guerra do percentil , com as quais eu me identifico em zero % da minha personalidade. Não me vou alongar mais, queria apenas agradecer do fundo do coração o facto de me ter devolvido a dignidade enquanto futura mãe descontraída, contra o esteriótipo da frustrada mãe-bebé-dependente . Ganhaste uma fã!"


Ainda hoje é tão actual. Também foi por lá que encontrei a Daniela. Mas a Daniela é especial... fica para outro post :)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

17 meses


Já só falta um mês para o ano e meio.


Não consigo fazer aqui um apanhado das evoluções do rapaz. São muitas, são diárias, são de me levar às lágrimas [das boas] e eu já não dou conta do recado. Quando tento fazê-lo, fico com a sensação de que me estou a esquecer de quase tudo e de que o relato vai ficar incompleto.


Ficam as linhas gerais, para eu nunca esquecer :P


É um miúdo que começou a falar muito, muito bem e muito cedo. "Ó água! Anda cá ôta bez!"

Por repetição, diz tudo, mas tudo mesmo. E depois inicia o processo de assimilar o significado das palavras e, em menos de nada, aplica-as na hora H, quando menos esperamos. Não será nenhum fenómeno, claro, mas a mim deixa-me estupefacta.


Começou a caminhar há um mês, ali mesmo a rasar os 16 meses. No dia seguinte começou a correr e de há umas 2 semanas para cá, consegue correr atrás de uma bola e chutar. É um pouco trôpego, eu ainda não confio 100% nas suas capacidades de equilíbrio. Cai muitas vezes e outras tantas atira-se para o chão de propósito. Às vezes não lhe corre bem. Os móveis não se desviam e dia-sim-dia-não temos direito a uma mossa nova.


Só agora começa a beber o biberão sozinho e, mesmo assim, nem sempre. É um bocado "atado" e eu às vezes acho que a culpa é minha, mas no fundo penso que tem tempo para aprender e nós não temos pressa. Só agora começa a perceber o significado de trincar [uma peça de fruta, uma bolacha]. Até aqui, ou eu lhe dava à boca já tudo partido em bocados com tamanho adequado ou ele enfiava tudo de uma vez na boca e depois era um sarilho. Não come sozinho. Se eu lhe der para a mão uma colher com arroz, por exemplo, leva-a à boca quase na perfeição, mas ainda não tem destreza para comer sozinho com colher. Beber pelo copo nem pensar. No máximo, beber pela garrafa e, mesmo assim, faz muitas vezes a piadola de guardar a água na boca e depois deitá-la fora... Enfim, gostava que em Setembro [quando for para a creche] já tivesse mais alguma autonomia neste aspecto, mas creio que está perfeitamente enquadrado na idade que tem.


Continua a comer bem e de tudo. Provou gelado pela 1ª vez e a reacção foi "É bom. Mãe, qué mais"! De resto, mastiga cada vez melhor e já é hábito fazer a refeição com direito a 2º prato a sério. :)


O meu bebé já não é tão bebé assim. Isso deixa-me feliz, claro, adoro vê-lo percorrer este caminho para a independência, mas estaria a mentir se dissesse que não sinto uma pontinha de nostalgia. Costumo dizer que estou a gostar tanto desta fase, que não me importava que durasse até aos 18 anos :)))

A criança que há em mim


Podia dizer que estou ansiosa pelo meu aniversário e por abrir presentes e ver quem se vai lembrar de mim nesse dia, mas não.


Preparei uma pequena surpresa para uma amiga e agora estou em pulgas para saber como correu... pareço uma pequenita!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um dia apago a Pipoca Mais Doce da minha lista de blogs

Hoje foi o dia... Aquilo já foi mais engraçado, ou é de mim?

Merece destaque

Era só para registar que esta menina perdeu exactamente 4.600gr desde o início da dieta.


Kudos para mim!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quero tudo. Mas já me contento com metade. Um terço, vá. Pronto, 2 peças e não se fala mais nisso...










A Blanco abriu online... Derreti! Este post está intimamente relacionado com o cantinho da dieta ali ao lado...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Constatações óbvias de segunda-feira

Eu preciso mesmo é de fins-de-semana maiores. Autch! Estou tão cansada :-)

domingo, 10 de abril de 2011

Estamos todos rotos


Quando se chega ao final da tarde de domingo e estamos todos rotos, às vezes isso é sinal que tivémos um dia em cheio. Hoje foi um dia assim. Esta noite vou adormecer com a alma cheia...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Acho imensa graça (NOT)


quando ouço alguém justificar uma birra/faltas de educação/teimosia com "personalidade forte". E é que dizem isso de uma forma elogiosa, como se fosse muito positivo.


Hoje era só isto.

E mudámos de look

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E as nuvens, que não me largam...


Eu juro que tento encarar o futuro com optimismo. Juro que me esforço por andar sempre com um sorriso, mas isto está a tomar proporções algo preocupantes.


Não me quero expor demasiado, mas basicamente passa-se na minha casa aquilo que eu imagino que se passe um pouco nas casas da maioria de nós. Eu sempre tive os pés bem assentes na terra. Não dou passos maiores que a perna. Antes de começarmos a procurar casa, fomos ao banco, fornecemos todos os dados que nos pediram e fizemos uma simulação mais ou menos rigorosa. Ficámos logo a perceber quais eram os nossos limites e, só então, começámos a visitar sites de imobiliárias. Excluímos logo todas as ofertas que não cabiam no nosso orçamento. E encontrámos uma solução bastante razoável. Nem sequer esticámos até ao limite possível. Ficámo-nos pelo "confortável". E isto tudo para dizer que as decisões que tomamos na nossa vida seguem todas esta linha de raciocínio. Somos, portanto, pessoas ponderadas e que não se atiram de cabeça para compras megalómanas.


Nessa altura, há dois anos e picos atrás, ambos tínhamos [como continuamos a ter] um emprego. Ambos efectivos. Ambos com alguma segurança. Tivémos de investir em equipamento para a casa [alguns móveis, electrodomésticos e afins] e, para isso, usámos as nossas poupanças. Também foi das nossas poupanças que saiu o montante exorbitante que pagámos em impostos sobre a transacção. E, entretanto, preparávamos nesse ano a chegada do piolho. Não fazíamos vida de rico, mas as coisas corriam-nos razoavelmente bem.


De lá para cá, aumentaram as nossas despesas. Tivémos um bebé e toda a gente sabe o que isso significa em termos de orçamento. Temos bastantes ajudas, só tenho de me preocupar com o jantar, porque almoçamos na bisa G., ao sábado almoçamos na minha mãe. Os meus pais e avós vão ajudando com o que podem, hoje uma roupa para o piolho, amanhã um pacote de fraldas e assim se vai levando. Não fizémos mais investimentos significativos, exceptuando o carro que comprámos por altura do nascimento do meu filho. Não foi um luxo, foi uma necessidade. Temos dois carros a gasóleo e não podemos dispensar um deles. Os compromissos profissionais não nos permitem abdicar de um carro.


De resto, pagamos água, luz, gás. Ambos temos telemóvel. Temos uma assinatura de TV por cabo, internet e telefone. Não fazemos férias no estrangeiro, não viajamos, nem sequer nos hospedamos em hotéis. Optamos sempre pela solução mais económica e cozinhamos nas férias. Não temos iPhone's, ipad's, tablet PC's. Eu nunca tive um portátil. Herdei o do meu marido quando ele teve, por força da profissão, de comprar um portátil novo. Não temos telemóveis topo de gama. Não compramos prendas um ao outro e, quando compramos, optamos por utilidades que teríamos de comprar de qualquer forma. Compramos muitos produtos de marca branca. E eu podia continuar aqui a mostrar o quanto nós somos controlados e ponderados, mas acho que já deu para perceber a ideia. A única coisa em que eu não penso muito quando gasto dinheiro é nos produtos que compro para o meu filho. E não estou a falar de iogurtes de bebé xpto [come iogurtes de aroma e polpa absolutamente normais], de roupas caras [visto-o basicamente na Zippy, H&M, Zara e pouco mais... não temos Primark perto], etc. Falo sim dos cremes para pele atópica, da alimentação sem gluten, de pelo menos um bom par de sapatos por estação, das fraldas [venha quem vier, só compro dodot, quase sempre em promoção. Dou-me ao trabalho de consultar os sites das grandes superfícies antes de decidir onde é que as vou buscar]. Portanto, mesmo nas compras para a o meu filho, estabeleço prioridades.


Neste momento, nenhum dos nossos empregos é tão estável assim. Estamos cada vez mais retraídos enquanto consumidores. E isto é só na minha casa. Se multiplicarmos esta realidade à escala do país e do mundo empresarial, eu não consigo ver um futuro sem núvens.


Não sou economista nem tenho soluções para a crise. Faço a economia da minha própria casa e acho que faço um bom trabalho. Mas até quando? Há muitos meses que não conseguimos amealhar. Sempre fomos pessoas de poupar, de juntar dinheiro para as cadeiras da sala [que ainda não temos], para a festa de baptizado do miudo, para a máquina de fazer pão, para necessidades específicas que vão surgindo. Neste momento, quando o fim do mês se começa a aproximar, eu já só quero que ele chegue rápido. Olho para o depósito do carro e fico deprimida quando percebo que está na hora de ir atestar novamente [bombas low cost, pois claro]. Vejo o frasco do creme do meu filho chegar ao fim e equaciono se chegará à semana seguinte, porque 25€ custam muito a dar... A minha afilhada faz anos e eu, que sempre lhe pude dar um presente que fizesse a diferença, dou mil e uma voltas à cabeça para conseguir encontrar uma solução mais barata, mas que a deixe feliz.


"&%$"&%$", pá! Estou cansada de apertar o cinto. E o pior é que ele ainda vai ter de apertar muito mais. Não quero ainda equacionar a hipótese de um de nós perder o emprego de forma repentina. Eu não tenho medo de trabalhar, em casa não hei-de ficar. Mas o facto de não ter neste momento uma rede que me permita ser surpreendida por uma situação de desemprego... deixa-me nublada e com um nó na garganta.


Onde é que está o escudo? Onde foi parar o meu poder de compra...?


terça-feira, 5 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Divórcio


Por falar em cantar parabéns, ontem lá estavamos nós na cantoria do costume e o rapaz continuava a insistir na prima M., que foi a última aniversariante da família. E diz o pai:


"O próximo é o avô X"! (dia 30)


Tendo em conta que eu faço anos a 24, não sei se peça o divórcio ou espere pela prenda...

Cá em casa canta-se


Mãe: Parabéns a...

Piolho: voxê

Mãe: Nesta data...

Piolho: terida

Mãe: Muitas felicidades, muitos anos de...

Piolho: vida

Mãe: Hoje é dia de...

Piolho: féta

Mãe: Cantam as nossas...

Piolho: ámas

Mãe: Para a menina/o

Piolho: prima M. [sempre a prima M.]

Mãe: Uma salva de...

Piolho: pámas


Todos: Ehhhhhhhhhhhhh


Além dos parabéns, e dentro do mesmo esquema, também canta o "Balão do João", "A barata diz que tem", o "Sebastião come tudo" e outras pequenas pérolas. ADORO!!!