sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Filho, nem sempre aquilo que eu digo é aquilo que queria dizer!


Ontem, passei por esta imagem no facebook e fiquei a pensar. Realmente, a maternidade é encontrar um ponto de equilíbrio entre o que está rasurado e o que foi escrito a posteriori.

Filho, nem sempre aquilo que eu digo é aquilo que queria dizer!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sem gluten #1

Para quem, como eu, ainda não se conseguiu entender com as receitas/farinhas sem glúten e com a máquina de fazer pão, deixo a sugestão do que compro para o meu filho.

Pão de forma de arroz integral, Auchan
Embalagem 480g - 3,99€

De todas as experiências que fiz [e foram muitas], este é o pão que o meu filho mais gosta.

Vantagens:
- validade bastante longa
- depois de aberto, aguenta-se à vontade duas semanas, desde que esteja bem embalado - guardo numa caixa hermética
- o sabor é agradável, bem como a textura
- não se "esfarela" com facilidade
- não contém ovo, o que pode ser interessante para quem tenha intolerância [era o caso, até há uns meses atrás e foi também por isso que apostámos nesta marca]
- é aprovado pela APC - Associação Portuguesa de Celíacos

Desvantagens:
- apesar de não ser o mais caro, continua a ser bastante caro [cerca de 8€/Kg]
- nem sempre se encontra nas lojas [às vezes é necessário pedir aos profissionais desta secção que façam nova encomenda, mas até hoje foram sempre impecáveis]
- como é fatiado e as fatias são grossas, não é muito prático para sandes - pelo menos enquanto os miúdos são pequeninos -, mas torna-se ideal para barrar

A secção Viver Melhor da marca Auchan tem bastantes alternativas no que diz respeito a pão. Desde que o ovo cozinhado passou a poder entrar na alimentação do meu filho, já experimentámos outros pães da mesma marca. No entanto, continuamos a comprar este com mais regularidade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Restrições alimentares

É uma chatice ter em casa alguém com restrições alimentares. Se for uma criança, pode parecer aparentemente mais difícil, mas eu diria que não.

O M. foi diagnosticado com alergia ao glúten e à clara de ovo. Hoje em dia, sabemos que a alergia não será propriamente ao glúten [ou não temos garantias que seja apenas a esta proteína], mas é claramente alérgico ao trigo, pelo menos. O diagnóstico definitivo é ainda algo confuso e a expectativa de que ele supere estas alergias é grande. Segue uma dieta isenta de glúten que, com os devidos cuidados de verificação de todos os rótulos, nos dá boas garantias de que não há acidentes. O ovo cozido já é tolerado. A clara crua [presente em sobremesas com claras em castelo, por exemplo] não é totalmente tolerada e, apesar da reacção só surgir após ingestão de uma quantidade significativa, não arriscamos dar-lhe.

O M. nunca comeu trigo, nem nunca comeu claras em castelo. Não é tão complicado como parece privá-lo desses alimentos, mesmo quando outras pessoas à volta os estão a comer. Ele sabe que não pode. Sabe que certos alimentos [e já identifica muitos] podem deixá-lo doente. Antes de provar algo que é desconhecido para ele, pergunta se pode.

Isto é meio caminho percorrido.

Depois temos outros problemas, mais chatos, diria eu.

1) Ir de férias, passar o fim-de-semana fora ou qualquer passeio que implique estar fora de casa pelo menos 24h podem ser uma grande chatice. Não entrando em muitos detalhes fastidiosos, dizer apenas a título de exemplo, que a maioria dos caldos "knorr" utilizados na confecção da maioria dos pratos [sopa incluída], na maioria dos restaurantes é composta por farinha de trigo e, logo, proibida. Isto faz com que eu ande sempre de "geleira" atrás e com que tenha de programar as refeições de uma forma muito menos espontânea do que gostaria.

2) Ter de lidar com terceiras pessoas [conhecidas e desconhecidas] que insistem em oferecer comida às criancinhas, passando por cima dos pais. Neste aspecto, sou completamente intransigente. Primeiro, quem decide o que o que meu filho come e em que horários sou eu [independentemente das restrições de ordem alérgica]. Depois, oferecer comida [mesmo sem ter conhecimento] a uma criança que não pode comer cria uma situação merdosa para a criança, para os pais [ou outros responsáveis naquele momento] e até mesmo para quem oferece. Por isso, lanço sempre o apelo: nunca ofereçam comida a uma criança directamente, sem confirmar discretamente com o pai/mãe/pessoa que acompanha a criança.

3) O social. Um convite para uma festa pode transformar-se numa carga de nervos, especialmente porque combina as dificuldades descritas em 1) e 2) numa mesma ocasião :P

4) O preço da alimentação sem glúten é de bradar aos céus. Ainda é tudo muito, muito caro em relação aos mesmos produtos não isentos. Variedade já se vai encontrando, mas a preços exorbitantes. Além disso, ir às compras ao supermercado transformou-se num suplício, tendo em conta que não entra nada no carrinho, cujo rótulo não seja lido de fio a pavio. Mesmo os produtos que já vamos conhecendo, dou sempre uma vista de olhos porque a qualquer altura o modo de produção pode ser alterado, de acordo com informações dos fabricantes. E não só comestíveis. Plasticinas e pastas de moldar, por exemplo, quase sempre levam liga de trigo. 

5) Adaptar a alimentação familiar. Não é complicado, mas a título de exemplo, se programar massa para o jantar, já sei que vou ter de cozer à parte para ele. Por um lado, não posso andar a comprar massa a 3,5€ cada meio quilo para gastar ao ritmo familiar. Por outro, não posso/quero retirar a massa do nosso leque de opções. Quem diz massa diz douradinhos, panados, filetes, enfim, tudo o que leve farinha [ok, sendo feito em casa, aqui posso substituir por maizena] ou pão ralado [que também pode ser comprado sem glúten, mas que fica num tal balúrdio que só mesmo fazendo à parte para ele]. Refeições prontas, nem pensar. As opções são muito limitadas e caras.

E acho que basicamente é isto. Hei-de dedicar-me a colocar aqui algumas sugestões de produtos de compra que vou encontrando, testo [testa ele :)] e recomendo [ou não].


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lembrei-me agora

Há um mês que não mudo uma fralda. Plim!

Spiderman, spiderman

O homem aranha encarnou no meu filho.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

É a porca miséria

Para onde quer que me vire, só encontro pessoas/famílias com a corda no pescoço.

Ou trabalham e não recebem, mas também não chegam a estar tempo suficiente [3 longos meses] sem receber para poderem rescindir por justa causa e recorrer ao fundo de desemprego.

Ou não têm trabalho.

Ou estão a receber do desemprego, mas não conseguem voltar à vida activa.

Ou trabalham em condições tão precárias e incertas que a qualquer momento passam do minimamente remediado ao sem-comida-para-por-na-mesa.

As pessoas andam tristes, abatidas, deprimidas. Eu falo por mim, que me vejo cada vez mais à rasca para não passar esta ansiedade do incerto ao garoto. Não fosse ele e eu não me levantava da cama. Não fosse ele também e eu, provavelmente, levantava-me da cama sem nada a perder e passava-me dos carretos.

Existem casos de sucesso, e ainda bem. É claro que não posso generalizar a toda a população, mas tenho para mim que a grande maioria está à nora e sem saber o que fazer à vida.

Ontem dizia merda. Hoje sai-me um grande foda-se.

domingo, 5 de agosto de 2012

Merda

Estou doente. Tenho a garganta a arder, a arranhar, estou completamente afónica, como se tivesse estado horas a gritar num concerto, mas sem a parte dos gritos e do concerto.

A cabeça vai explodir a qualquer momento e eu rezo aos santinhos todos que não tenha mais nenhum ataque de tosse, porque de cada vez que tusso, o cérebro chocalha e os olhos saltam-me das órbitas.

Tratar de uma criança nestas condições é um desafio que eu facilmente dispensava. E dormir? Aliás, o que é isso, dormir? Se conseguisse fechar os olhos um par de horas sem sentir tambores dentro da cabeça, já me dava por satisfeita.

Merda.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O rato roeu a rolha

Parece que anda a lenga-lenga do Rei da Rússia a circular lá na escola.




Deixou de dizer "escorega, corer e caro [carro]".



Agora diz "amarrelo, Marrina e cantárre". :)     ADORO!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dormir em pé

Não faço ideia de como é que me vou conseguir arrastar até às férias. Além desta, ainda tenho pela frente mais 3 semanas completas.

Tenho a sensação de que, se ceder à tentação de fechar os olhos neste momento, adormeço instantaneamente e não sei a que horas acordo. Tenho os olhos abertos, mas a respiração tão profunda como se estivesse efectivamente a dormir. Sinto-me fora do meu corpo, como se estivesse a ver-me dormir.

Pensava que no ano passado, por esta altura, andava cansada. Como estava enganada...