domingo, 31 de julho de 2011

Universo, dá para parar de conspirar contra mim um bocadinho, dá!?

No dia seguinte à partida do pai para o continente africano, chega a febre. Controlada pela medicação, cedia, mas voltava, chegou aos 39º nesse dia à noite. Nunca tinha tido uma temperatura tão alta. Passou. Sem mais sintomas. Nem vómitos, nem diarreias, nem falta de apetite, nem tosse, nem ranhoca, nada. Conforme veio assim foi.

No sábado já acordou sem febre e muito bem disposto. À noite, notei umas borbulhinhas junto ao pescoço, tipo borbulhas do calor. De manhã, tinha mais meia dúzia na zona do peito. Lembrei-me do ditado que o pediatra nos disse da última vez que teve febre seguida do mesmo género de borbulhinhas "sarampo, sarampelo, 7 vezes vem ao pêlo". E fiquei tranquila. Ao final do dia, quando lhe fui dar banho, notei que se coçava mais e que as borbulhinhas tinham alastrado às costas. Ainda estava mais ou menos tranquila, mas decidi ligar para a linha de Saúde 24h.

Apesar de não apresentar todos os sinais, aconselharam-me a levá-lo à urgência para ser observado com suspeita de escarlatina. Nem sei dizer o que senti. Não pelo medo que fosse escarlatina, porque me garantiram logo que é uma doença normal em crianças e que podia ficar descansada. O que me deixou de rastos foi sentir-me algo negligente por ter estado "na boa" até àquele momento. Estava sozinha em casa, perguntei se lhe podia dar o jantar antes de ir e assim fiz. Jantou e fomos ao hospital. Valeu-me uma vez mais o meu pai [um dia hei-de fazer um post que lhe faça justiça]. Foi lá ter, estacionou-me o carro, fez-nos companhia, foi connosco à farmácia.. esses pequenos nadas que contam tanto.

Depois de observado, a hipótese escarlatina foi imediatamente afastada. Exantema súbito também. A médica que o viu ficou convencida que se tratou de uma reacção alérgica e que o mais certo é ser uma alergia de contacto [não descartando as hipóteses de alergia alimentar ou inalante]. E agora estou aqui a fazer contas de cabeça e a tentar descortinar o que poderá ter sido. E a minha cabeça anda tão desgovernada que me esqueci de comentar com a médica que o meu marido chegou esta noite do continente africano [o que, tendo em conta que a reacção já se manifestou ontem, provavelmente nem seria revelente, mas...].

Caramba! Quando é que o universo vai parar de conspirar contra mim!?!? Raios, eu nem sou pessoa de acreditar nestas merdas e não acredito em bruxas, mas... que as há, HÁ!

Existem coisas

Existe a distracção.
Existe o desleixo.
Existe a negligência.
Existe a parvoíce da idade.
As neuras da meno/andropausa.
A ternura dos 40.
As crises da adolescência.
A ignorância.
A fraqueza.
O medo.
Um dia mau.
Um ano mau, vá.
As várias fases e estados de espírito.
Existem "n" merdas que podem justificar um mau comportamento, um momento menos bom que não nos enche propriamente de orgulho, uma má escolha na vida, enfim merdas que num determinado momento servem de justificação a uma má opção.

Depois existe a maldade pura, aquela que leva alguém a passar por cima do seu semelhante, mesmo que esse semelhante seja um filho, uma mãe, um pai, um companheir/a. Aquela que leva alguém a achar-se tão superior, que a destruição à sua volta deixa de ter importância e transforma-se apenas num meio para atingir um fim. Doença? Talvez. Mas não há NADA que justifique, nada que valha a destruição de uma família inteira, digo eu.

Mesmo assim, eu gostava que esta minha má experiência servisse de alguma coisa. E é por isso que eu lanço o alerta. Se vocês têm uma suspeita de que determinado comportamento numa pessoa se está a tornar obsessivo, exagerado, incontrolável, estranho, prejudicial... não esperem anos para puxar a ponta do novelo, porque, nessa altura, dificilmente lhe conseguem encontrar o fim. Falem, partilhem com outros elementos do núcleo familiar e círculo de amizades, investiguem, fucem, percam a vergonha, vão ao fundo da questão o mais rapidamente possível. Acreditem. Muitas vezes as nossas suspeitas têm mesmo fundamento. E quanto mais tarde chegarmos ao fundo da questão, maior a probabilidade de encontrarmos um monstro no lugar daquela pessoa que nos era tão querida...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Odeio o Verão, é oficial

Acabei de me despedir ao telefone do big-gajo, que a esta hora já embarcou num avião para uma viagem de 7 horas. Até sábado. Que corra tudo bem.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Acordar cedo

Detesto. Custa-me. Quero sempre mais 10 minutos de cama. Mas reconheço que quando acordo e me levanto cedo, aproveito melhor o dia.

Hoje o piolho acordou com as galinhas e às 8:00 em ponto estavamos prontos para sair de casa. Fomos ao café antes de o ir deixar, com tempo, tudo com muita calma. Antes das 9:00, que é a hora de pegar ao serviço, resolvi em 10 minutos um assunto que já me andava a atormentar há meses. Menos um stress e kudos para mim.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não, agora a sério

Quando pensas a coisa já bateu no fundo, vais consultar o calendário de trabalho do teu marido para o mês de Agosto e percebes que o poço ainda tem quilómetros... O bom disto tudo? Pior já não pode ficar, porque se Agosto tivesse mais de 31 dias, aí sim... estavas fodid@ e mal paga.

domingo, 24 de julho de 2011

Somehow, I will...

Um dia hei-de lá chegar

Só não sei como nem quando. Mas lá chegarei.

Esgotada

Tenho momentos em que me sinto sem pinga de energia. Só de pensar nas próximas semanas, dá-me um fanico. Estou aqui a tentar ver um programa de televisão e mal consigo manter os olhos abertos. Sinto o corpo torpe, sem reacção. O meu filho já dorme e eu só consigo pensar: "graças a todas as divindades". Este pesadelo diário aliado às ausências do pai cá de casa estão a deixar-me de rastos. Todos os dias repito para mim mesma uma centena de vezes: "Menina, sossega o coração. O verão não vai durar para sempre e o que é teu está guardado. A culpa não é tua." Mas mesmo assim é tãããããããããããããããão difícil estar na minha pele.

FML.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Preciso de dormir

Quando o meu filho nasceu, perdi noites. Todas as noites interrompia o meu sono algumas vezes para dar de mamar, trocar fraldas, pô-lo novamente a dormir, mama, fralda, dormir... A privação de sono é uma tortura para mim. Felizmente, quando comecei a trabalhar, já ele dormia umas valentes horas seguidas e não acordava para mamar de noite com frequência. Os meus sonos foram normalizando e posso dizer que fui/sou uma mãe de sorte. Esporadicamente, lá contece perder umas horas de sono durante a noite e ir trabalhar com cara de zombie no dia seguinte.

Entretanto, levei uma carga de porrada há um mês atrás, mais coisa menos coisa. Não foi física, mas antes tivesse mesmo levado umas lambadas a sério. Desde esse dia que não tenho uma noite de sono com mais de 1 ou 2 horas de seguida. Levo horas a adormecer, acordo em média 3 ou 4 vezes por noite, demoro horas a adormecer outra vez e, normalmente, quando o despertador toca, estou eu num sono profundo derrotada pelo cansaço. Mas tenho de me levantar. Já pensei em pedir ao médico qualquer coisa que me permitisse desligar a ficha por uma noite, apagar a minha actividade cerebral por 8 horas seguidas. Mas tenho medo, porque passo muitas noites sozinha com o meu filho e não concebo a ideia de ele precisar de mim e eu falhar. Nas outras noites, quando o meu marido está em casa, sinto-o tão cansado que não conseguiria demitir-me da tarefa de estar alerta. O Verão há-de ter um fim, o trabalho do meu marido há-de abrandar e eu hei-de ter essa noite de descanso que tanto preciso, eu sei. Mas sinto-me tão cansada deste turbilhão constante em que se tornou a minha cabeça, que todos os dias há um momento em que eu penso: é hoje que eu dou o tilt...

Precisava tanto de encostar a cabeça na almofada e dormir profundamente...


Adenda: Se calhar fui eu que não fui clara :) Não é o meu filho que não me deixa dormir, felizmente ele dorme a noite toda, salvo raríssimas excepções.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um dia a coisa vai explodir

E vai haver cacos por todos os lados.

Nem posso dizer que estou desiludida, porque não estou. Sempre soube que, se um dia aquelas pessoas tivessem de tomar um partido, não seria o meu [e eu odeio a expressão "tomar o partido de alguém", sinceramente, acho de uma falta de inteligência atroz]. O que acontece é que estou a chegar ao meu limite, estou a tornar-me numa pessoa cheia de ódio e não posso admitir que a minha vida continue por este caminho. Se estivesse a falar de outras pessoas, que não fossem por natureza importantes para mim, já teria mandado toda a gente para o c%$%$lho sem pensar duas vezes. Mas não. Trata-se de um núcleo de pessoas que representam muito do que foi a minha infância, a minha adolescência, toda a minha vida e que agora também fazem parte da vida do meu filho. E é por isso que eu ando neste impasse, sem saber muito bem que decisões tomar e como fazer para as levar por diante.

A única coisa que sei é que o meu desencanto é permanente, é para toda a vida. Tenho a certeza que nunca mais vou conseguir ver aquelas pessoas com os mesmos olhos. Talvez as coisas possam funcionar bem de outra forma que não a actual, mas nunca mais serão como "antes". Estou absolutamente intransigente. E não quero mesmo que as coisas voltem a ser como antes, prefiro um milhão de vezes conhecer a essência das pessoas [mesmo que isso me doa muito] do que continuar a viver de olhos tapados. Se me importa que isso não seja bem compreendido? Nada. Fizeram-me chegar a um ponto de não retorno e eu daqui só ando em frente.

Falta-me agora tomar uma série de decisões difíceis, mas ou é assim, ou um dia isto tudo explode e fica feito em fanicos.

terça-feira, 5 de julho de 2011

E para desanuviar

Temos um mini-gajo das letras lá em casa. Entre o tapete que lhe comprámos para brincar mais à vontade [que tem letras e números], os episódios do Super Why [que são a única coisa que o prende verdadeiramente à tv] e um jogo de letras tridimensionais com iman, o garoto aprendeu o alfabeto. Não estou a brincar. Obviamente não o diz de seguida [credo, cruzes, canhoto que eu internava-me já], mas conhece as letras TODAS, incluindo W, K e Y [pissilóne]. Hoje de manhã, como se isso não bastasse, olhou para a t-shirt do pai e disse: "Ah! Um "a" minúsco".

Palavra de honra que isto me assusta. É óbvio que acho piada e fico toda orgulhosa, mas... a este ritmo é demais.

Letras à parte, sabe todas as partes do corpo, do cabelo às unhas, das mãos aos pés [direito e esquerdo], da testa ao nariz e à boca... acho que só ainda não o ouvi dizer cotovelo, joelho e tornozelo. De manhã, diz-me coisas como "olá. tudo bem? como tás?" ou "já acodou, o menino já acodou, mamã!"

Tem o vocabulário de uma criança de 3 anos, sem exagero. Faz frases, conhece as noções e faz referência a perto e longe, aqui e ali [e além], em cima e em baixo, grande e "pequelino", enfim, uma série de opostos. Comunica na perfeição, se não o compreendemos, ele lá arranja maneira de se explicar. Sabe o nome de todos os animais e sabe imitá-los. Quando não se lembra, pergunta: "mãe, como se chama ête?" É curioso, faz muitas perguntas e eu confesso que só contava com esta fase mais adiante!!!

Continua a ser um bocadinho trapalhão em termos de destreza física. Os degraus [mesmo os pequeninos] continuam na maioria das vezes a constituir um problema, sobretudo porque ele caminha a olhar para todo o lado menos para a frente! Não tem o hábito de trepar para cima das coisas [sofás, cadeiras, bancos] e nós também não o incentivamos. Só tenta trepar para a banheira :) Já o vi subir degraus altos, mas nunca de gatas. Ou consegue subir normalmente [apoiando-se a um corrimão ou parede] ou não sobe. Consegue comer sozinho, mesmo a sopa, e nem faz tenda por aí além. O problema é que se eu lhe deixo o prato à frente me distraio, ele enfia 3, 4 colheres na boca de seguida e não há meio de perceber que tem de mastigar e engolir antes de enfiar outra colherada. Teimoso.

É niquento, aliás, é a pessoa mais niquenta que eu conheço. Não pode apanhar um cabelo ou uma linha do tapete. Faz ar de nojo e chama-me "ai! mãe! uma linha! um cabelo!". O mesmo se por acaso suja a mão com a comida "a mão tá suja, mãe. a mão tá muiada [molhada]", o que faz das refeições uma aventura, porque lhe estou de 30 em 30 segundos a limpar as mãos com um toalhete, ora porque têm migalhas, ora porque estão húmidas de pegar na fruta, por exemplo.



É assim o meu filho. O meu bebé cada vez mais menino.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

E agora?

Sabem quando alguém, que é naturalmente importante para vós, vos desilude? E quando vocês, mesmo assim, dão a mão a essa pessoa e, depois do choque inicial, se disponibilizam para aceitar os erros? E a seguir, essa pessoa engana-vos uma e outra e outra e outra vez... Nunca passaram por isso? Ainda bem. Pois é assim que eu me sinto, totalmente desencantada. E agora?