segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mom fail

1. Detesto gritos. Detesto. Sempre disse que não ia gritar com o meu filho. FAIL! A sério, às vezes leva-me a um ponto de exaustão tal, que chego mesmo a berrar com ele, como se fosse um adulto e estivesse a entender o motivo da minha ira. É verdade que ele goza connosco, descaradamente. Que já tem muita noção do que está bem e do que está mal, mas eu não consigo deixar de me sentir uma big loser.

2. No domingo deu comigo em doida de manhã. Nada estava bem, só queria andar a fazer porcaria e a saltar em cima da cama e a atirar com caixas plásticas pelo ar e a fazer das garrafas de água vazias uma bola e a cair e atirar-se ao chão. Ainda não eram 10 da manhã quando saí com ele de casa para arejar e já estava de rastos. Fui à H&M comprar-lhe uns casacos. Ele gosta de tirar sempre uma peça de roupa num cabide e passear-se pela loja como se aquilo fosse a compra dele. Todas as vezes que isso aconteceu, a peça voltou para o expositor e levámos apenas aquilo ao que íamos. No domingo cedi. Troquei a peça que ele escolheu por uma igual do tamanho certo e deixei-o trazer aquilo [era um body, faz sempre falta, mas mesmo assim não é desculpa]. Foi a culpa, eu sei que foi a culpa de ter berrado com ele. FAIL!

Serviço público

Atenção, pais e mães de meninos e meninas celíacos, alérgicos ao glúten ou ao trigo:

Existem algumas marcas de pastas de moldar [vulgar plasticina] que usam farinha de trigo na ligação das massas. É concerteza para evitar o uso de químicos tóxicos e potencialmente perigosos, mas para os nossos garotos é UM PERIGO.

Eu já encontrei pelo menos 2 marcas: Ric&Rok (Jumbo) e Giotto.

Fiquem atentos!

Preocupações

Trabalho numa empresa que depende em grande parte de projectos co-financiados pelo Fundo Social Europeu. Suspeito que a delegação em que sou a única funcionária só se mantem aberta porque ainda vai havendo algum trabalho nessa área. O trabalho de iniciativa privada [conquistar um cliente e fornecer-lhe um serviço] não existe por estas bandas. Na sede, as coisas não estão melhores e o que mais me espanta é ver que qualquer um dos assalariados desta empresa está mais preocupado com a situação do que a Direcção.

Até 2013, ano em que termina o actual Quadro Comunitário, talvez tenha emprego. E até lá [ou até ao dia em que for despensada] confesso que não vou procurar uma alternativa. Vou ficar aqui sossegadinha, não me apetece ser eu a sair por iniciativa própria e perder a antiguidade na empresa e os respectivos direitos. Até mesmo porque, estando constantemente atenta a anúncios e ao mercado de trabalho, sairia daqui para uma situação mais precária com toda a certeza.

Não gosto de estar aqui. As condições físicas e humanas são deploráveis. Vou cumprindo, fazendo o meu trabalho, respondendo às solicitações, mas já vão longe os dias em que trabalhava por gosto e em que tomava a iniciativa de criar trabalho. Enquanto profissional, sinto que baixei a fasquia. Mas ao mesmo tempo não me sinto culpada ou responsável. Remar contra a maré cansa. E um dia, somos obrigados a deixar-nos levar pela corrente.

Estou profundamente preocupada, óbvio. Enquanto tiver emprego sei com que linhas me posso coser. Nunca fui pessoa de dar passos maiores que a perna, mas não havendo trabalho, fico apreensiva. Tenho a casa para pagar, as despesas de água, luz, gás, telemóveis, cabo, creche e pouco mais como despesas fixas. Por enquanto dá para termos tv cabo e internet em casa, quando não der, paciência. Por enquanto dá para manter 2 redes de telemóvel [sendo que o objectivo é fazer uma boa gestão das chamadas e sms, procurando gastar menos do que se tivesse só uma]. Quando não der, voltamos ao antigamente. Combina-se de hoje para amanhã, hora e local, e há que cumprir.

Tenho um filho, vai fazer 2 anos em Novembro. A maioria dos nossos gastos extra são com ele. Gastamos em produtos sem glúten/trigo uma pequena fortuna mensal. Além da mensalidade da creche, levamos ainda esses pequenos mimos [bolachas, pão, douradinhos] para que ele se sinta o menos diferente possível. Gastamos uma boa maquia em produtos para a pele. Mesmo assim, tenho procurado soluções alternativas mais baratas, como por exemplo o uso intercalado de óleo de amêndoas doces. Compramos a roupa dele em lojas acessíveis. É raríssimo ter uma peça de roupa que não seja da H&M, Zara ou Zippy. Não compramos brinquedos, apenas livros e puzzles. Se calha comprar 2 ou 3 livros, não lhos damos logo todos, vamos guardando para ocasiões especiais.

Quero ter outro filho. Quero mesmo. Não teria de fazer um investimento inicial tão grande, todos os artigos de puericultura que ficaram do M. estão impecáveis. A roupa são outros quinhentos, depende sempre da altura em que nascem, pode ser que dê para aproveitar muito, pouco ou nada. Mas tenho medo. A velha máxima do "tudo se cria" faz-me comichão. Quanto mais o tempo passa, mais esta ideia vai esmorecendo cá dentro e isso deixa-me de rastos. Tinha jurado a mim mesma que não deixaria o meu filho sem a companhia de um irmão/ã. Talvez por eu ser filha única. E nem vou aqui dissertar sobre as vantagens/desvantagens de se ser filho único. 

Merda para isto. 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fonix

Paródias lá de casa:

Eu: "Olha lá, não queres um bocadinho de arroz com perú?"
Ele: nada
Eu: "Tu não estás a ouvir a mãe? Queres arroz com perú ou não?"
Ele: nada
Eu: "Mau! Mas tu agora és surdo? Estou a falar contigo!"
Ele: "Não quero. Fó-ni-que-se"

Eu: "Hoje vamos a casa da avó G."
Ele: "Ena! Que boa ideia! Está lá o avô, a avó [pausa]. AS BOLAS, mãe"

No carro
Ele: "As luzes tão apagadas."
Eu: "Claro que sim, é de dia."
Ele: "Ó dona Luz... puque tás apagada? Caramba, pá"

De manhã, quando chega ao meu quarto
Ele: "Ó pai!! Tás cá hoje?"

Ao jantar
Ele: "Quero mais uma bolota [salsicha]."
Eu: "Já comeste muitas. Não há mais."
Ele: "Mas eu quero, mãe. Por fabôre. Anda lá."

Outras com menos piada:
Ele: "Dá cá isso, pá. Eu quero isso"
Eu: "Como é que é? Não percebi!"
Ele: [sorriso safado] "Se faxavor, mãe".

Ele: "Vai apanhar aquilo."
Eu: "Não é assim que se fala. Vai lá tu apanhar, que tu consegues."
Ele: "Não posso. Tou a bincáre."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Maratona de discos pedidos

O meu filho tem andado impossível difícil de aturar. Eu não sei, ele sai da creche com um speed que eu às vezes desconfio que lhes dão café ao lanche, ou algo assim. Eu digo sempre, antes irrequieto que mono [detesto não acho garaça a miúdos monos], mas isto tem sido um arraial.

Antes do jantar, brinca um bocadinho na sala, onde ainda tem o seu cantinho da brincadeira, longe da mesa e da tábua de passar a ferro [sim, está 90% do tempo montada, shame on me], ali mesmo entre os sofás e as almofadas. Mas agora as brincadeiras são sempre perigosas. Ou atira coisas, ou caminha em cima dos brinquedos, ou sobe para cima do sofá, que é alto, e depois atira-se sem qualquer noção de perigo... enfim, não tem sido fácil conseguir fazer alguma coisa de útil a essa hora.

Depois vem o banho. Não quer ir para o banho porque está "xentadinho a bincáre". Lá o convenço e vai todo animado. Depois não quer sair porque está "xentadinho a bincáre na água". É um drama para o tirar, apanha frio escusadamente, choraminga, consome-me a paciência, mas lá vamos. A seguir é a cena dos cremes. Não quer porque "tem coceguinhas" [não sei de onde lhe vem tanto 'inho!!!]. É uma luta, mas lá se consegue. Se tiver de lhe por soro no nariz, então... é a desgraça total.

São 19:30 e eu já rebento pelas costuras. Vamos jantar. Quer comer "xojinho". Uma eternidade para comer a sopa, distrai-se com qualquer coisa e lá vamos nós de vez em quando enfiar-lhe uma colher goela abaixo na boca. Quando há manga, quer pêra, quando há pêra quer banana, quando há banana... pode ser. O 2º prato é por conta dele, come o que lhe apetecer e eu nem me chateio mais, tirando a parte em que quando dou por ela está a esfregar a colher no cabelo acabado de lavar. Ufa.

Depois do jantar, começou a ser difícil mantê-lo com qualquer actividade decente durante mais de 5 minutos. Como me custa deitá-lo de barriga cheia, normalmente um de nós, ou os dois, fica encarregue de o entreter até o sono dar mesmo cabo dele. O meu marido descobriu uma técnica infalível nos últimos dias. Liga o computador e faz uma sessão de discos pedidos. Começa sempre pela música do Gombby e vai rodando [odeio inclui a Xana Toc-toc]. "Olha a bola, Manel", Genérico do "Super Why", "Bruxa Babiruxa [esta confesso que sou eu que adoro], e tantas, tantas outras. Ele é que escolhe. Ontem fiquei sozinha com ele a partir das 19:30. Às 20:15, mais ou menos, já estávamos os 2 na sala. Experimentei a táctica e foi tão fixe ficar sentadinha com ele no sofá, mantinha nas pernas, ele a escolher as músicas, os dois a cantar! Adorei. Quando dei por ela já eram 21:30... passou a correr. Xixi. Cama!



Não pode ser todos os dias, mas ter algo que lhe capte a atenção por um bom bocado já não é mau. E música sempre me parece melhor que televisão. Custa-me imenso usar a TV como distracção para conseguir alguma coisa, mas algumas vezes já teve que ser... Assim é uma mega WIN para todos!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pancas

Eu tenho uma panca [pronto, eu tenho várias, mas hoje é só esta] com a segurança do meu filho.

Eu sou a mãe. Eu tenho obrigação de garantir que nada de mal lhe acontece. Esforço-me, tento protegê-lo deixando-o viver. Deixo-o cair e esfolar-se e dar cabeçadas, mas mantenho sempre ali a mão por perto, não vá o diabo tecê-las.

Noutro dia caiu do sofá e fez um enorme galo. Bateu com a cabeça no chão. Eu estava perto, fui avisando "vais cair, não faças isso" e, no fundo, eu sabia que mais cedo ou mais tarde as investidas de sobe e desce sofá acompanhadas de sono aos montes na hora da parvoeira que antecede o jantar iam resultar num "abre olhos". E assim foi. Tratei logo de por água fria, arnidol, no dia seguinte já mal se notava.

Depois, depois dei comigo a pensar. "Ó minha anormal irresponsável! E se o garoto caía mal e partia o pescoço?" Gelei. Paranóia? É capaz de ser, mas só de imaginar que ele podia ter tido consequências graves por causa de uma queda que eu podia ter evitado e não evitei, morri por segundos.

Não acho que seja um problema esta minha paranóia. Sempre fui assim com algumas coisas na minha vida. As coisas aconteciam e eu depois ficava a magicar nos "e se isto, e se aquilo". Nunca foi impeditivo de eu me sentir uma pessoa normal, com uma panca.

Depois há o segundo em que deixamos de o ver. Enquando dou um gole no café, ele desaparece atrás de uma cadeira. Pânico momentâneo. Dura 1 segundo, depois caio em mim. Mas e se mo levam? E se alguém mal intencionado se aproveita de 1 segundo de distracção? NÃO! Recuso-me. Quando saio sozinha com ele, redobro os cuidados, mas mesmo com o pai ou o avô, tenho sempre um olho no burro e outro no ciganito.

Depois há os momentos em que nós não estamos e aí, nada a fazer. Eles precisam de liberdade, de convívio fora do ninho e por muito que confiemos nas pessoas com quem os deixamos, podem acontecer exactamente as mesmas coisas que aconteceriam mesmo que estivéssemos com mil olhos em cima dele. Procuro não pensar muito nisso, mas quando ele não está comigo, há sempre uns milésimos de segundo em que o meu coração se desassossega.

Agora, o pior mesmo é pensar que o Duarte podia ser meu filho, sobrinho, afilhado, primo, amigo, vizinho. Estas coisas ACONTECEM mesmo. Há bebés que morrem, sim, a palavra correcta é morrer, por mais eufemismos que procuremos. Eu não posso imaginar a dor destes pais, com este desfecho depois de tantos meses de sofrimento, agonia e luta. Todos os dias há um milésimo de segundo em que o meu coração se aperta, às vezes só dou por isso quando abraço o meu filho com força sem saber muito bem porquê.

E é por isso que eu preciso de dar mesmo uma volta às minhas prioridades e deixar de perder tempo com merdas e pessoas que valem o que valem.

Já agora aproveito: se ainda não és dador de medula óssea, pensa nisso com carinho. Não dói nada!

Duarte

O Duarte perdeu a luta, aos 20 meses de vida. Estou sem palavras.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Desta vez foi a Naná a desafiar-me. Cá vai:

Desafio: dizer 7 coisas sobre mim e passar o selo a 15 outros blogs (...)

1 - Não sou uma fada do lar, detesto aspirar e arrumar roupa. Prefiro mil vezes sentar-me no chão a brincar do que arrumar a confusão generalizada e permanente que é a minha mesa da sala de jantar.

2 - Gosto de cozinhar, mas odeio fazê-lo por obrigação. Faço um arroz de polvo de comer e chorar por mais, bons assados, mas não sou muito criativa no dia-a-dia.

3 - Não tenho jeito nenhum para manualidades. Ando há semanas a pensar em coisas giras para oferecer no Natal, que possa incluir o meu filho, mas não me sai nada de jeito.

4 - Odeio o meu emprego há demasiado tempo. Não é o trabalho. São as condições humanas e físicas e a falta de consideração da entidade patronal por alguém que trabalha todos os dias sozinha num escritório sem luz natural...

5 - Adoro SOL! Adoro praia e tenho pena de não ter feito um único dia de praia este verão...

6 - Não tenho jeito para maquilhagem e unhas e penteados e essas tretas todas. Gostava muito de andar mais arranjadinha, mas não encontro paciência nem jeito (nem tempo).

7 - Tenho pancas sobre a segurança do meu filho. Morro de medo que alguma coisa lhe aconteça. Desde que ele nasceu, tenho medo de morrer, conduzo mais devagar e assusto-me com mais facilidade.

E o selo vai para os seguintes blogs: 15 são muitos!!! Leve quem quiser.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Chegou


Eu fico um bocado eufórica com isto. No ano passado, quando pedi o Anjinho, estava longe de imaginar a sensação de andar às compras para uma criança que não conheço, que nunca vou conhecer, mas que vai ter um Natal mais feliz com esta iniciativa. Posso dizer-vos que chorei muito de emoção quando acabei de comprar o fato-de-treino para a pequena Mafalda.

Este ano volto a ter uma Anjinha. A Diana tem 7 anos e pede bonecos Pin&Pon e um fato-de-treino tamanho 8 anos.

Minha querida, lá terás os teus presentes.

Eu podia não falar sobre o assunto. Afinal, a verdadeira solidariedade não é a que vê, é a que se faz. Mas aproveito para divulgar a iniciativa. Vá lá, não vamos deixar nenhum Anjinho sem prenda este Natal!!!!!

Todas as informações aqui!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Habemus artista pop

Esta manhã no elevador:

"Bom dia, bom dia!

Bom dia a toda a gente.
Eu hoje vou à escola
E por isso estou contente"

E no fim ainda bateu palmas! Go, filho!

Também canta sozinho:
- genérico do Gombby
- as pombinhas da catrina
- o porquinho foi à horta
- parabéns
- machadinha [quem te pôs sabão... ahahahahahahahah]
- mais umas quantas que eu depois venho aqui actualizar

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Só para deixar registado

O primeiro Galo a sério :(

Atirou-se de cabeça do sofá, like a boss...

sábado, 15 de outubro de 2011

Eu amo o meu filho de paixão!!!

E pronto, hoje era só isto!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Anjinhos de Natal

À semelhança do ano passado, este ano vou juntar-me novamente a esta iniciativa do Exército de Salvação.

Informações aqui!

Importante:

Data limite para os pedidos [15 de Novembro de 2011]

Data limite para entrega [30 de Novembro de 2011]

Consultem os pontos de entrega. Eu vou usar o habitual e enviar tudo para O Segredo das Festas.

Quero educar o meu filho assim...




Roubado à Mafalda :)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mas o que é isto?

Nunca me tinha acontecido uma coisa assim. Normalmente o piolho nem pestaneja quando vai para a cama. Já o deito com sono e ele lá se deixa ficar. Já houve noites em que foi menos pacífico, claro, mas nada de especial. A noite de ontem saiu fora de qualquer padrão...

Às 21:30 fui deitá-lo e ele lá ficou. Fui estender uma máquina de roupa e levei o intercomunicador. 10 minutos de silêncio, tudo ok. Entretanto começou a resmungar, primeiro baixinho, depois a chamar "mããããããããããe" já com impaciência. Perdi a conta às vezes que lá fui. De cada vez que me aproximava da cama, quase saltava para o meu colo. Dei cabo das costas e dos braços, levei-o para a sala um bocadinho porque notei que não estava realmente com sono. Quando começou a bocejar, nova tentativa. Colo, colo, colo. Já não podia mais. Levei-o para a minha cama. Mexe, remexe, patadas. Impossível. Nova tentativa de o por na cama dele. No meio disto tudo, alguma falta de paciência a começar a mexer-me com os nervos. Deitei-o, sentava-se. Uma dúzia de vezes. Lá se deitou, mas eu tinha de lhe dar a mão. Adormecia. Eu tirava a mão devagarinho, ele ligava o sensor e agarrava-me a mão outra vez. Não sei quanto tempo estive nisto, mas o processo todo até ele finalmente ficar a dormir sem a minha mão [e atenção que continuou a resmungar mais um pouco] levou cerca de 3 horas.

Eu espero que isto tenha sido um episódio isolado. Caso contrário, tiro uma semana de férias, vou para um hotel e deixo-o ficar com o pai...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Promessas

Eu já ando a prometer que um dia a coisa explode há demasiado tempo.

Tenho um familiar. neste caso uma, de quem não gosto, com quem não tenho afinidade, com quem não me identifico, que já me prejudicou MUITO no passado, mas que é familiar directa. Ora, para as convenções sociais, os familiares directos são intocáveis. Dane-se. Para mim valem o que valem. Se for muito, dou o coiro por elas. Se for nada, quero que se fod@m.

Esta pessoa em particular sabe [ou já devia saber, porque eu nunca o escondi e não consigo ser hipócrita a esse ponto] que eu não gosto dela, sabe o mal que já me fez, directa e indirectamente.

Esta pessoa insiste em impor-se na minha vida, com a conivência de mais família directa, para quem ela é "coitadinha" e passam a vida a justificar a infantilidade dela com "já sabes, ela é assim, não ligues". Não ligo? Mas que obrigação tenho eu de levar na minha vida com uma pessoa de quem eu não gosto e que não escolhi para amiga!?

Desde que o meu filho nasceu, a situação piorou drasticamente. Já eu tinha escolhido madrinha há muito tempo e ainda pairava a esperança vã naquelas cabeças ocas que só não vêem o que não querem, que eu ainda ia mudar de ideias e convidá-la. No dia em que o meu filho nasceu, os meus pais puderam entrar na sala de recobro, uma vez que a hora das visitas já tinha passado. Quem é que a minha mãe conseguiu enfiar lá dentro????? A mula, claro. E assim, no dia em que eu pari e queria à minha volta as pessoas que realmente me importam, levei com a mula, porque era bonito ir lá mostrar que estava presente. Ninguém se lembrou de mim, de me perguntar se queria recebê-la.

Muita água já rolou debaixo desta ponte desde então. Tenho guardado as mágoas todas para mim, para não magoar outras pessoas, mais velhas, cansadas, para as poupar às minhas angústias e aos verdadeiros motivos que me levam a querer afastar esta pessoa da minha vida. Estou a ficar esgotada. Hoje passei-me.

Ligou-me, como se nos déssemos como irmãs, a dizer que tinha ido à creche do meu filho visitá-lo. WHAT!? Mas quéstamerda!? Aquilo é algum hospital com hora de visita? Então eu ando a penar para o deixar tranquilo e sem chorar, para que ele se adapte o melhor possível e aquela mula resolve aparecer a meio do dia para estragar tudo? Sou só eu que acho uma anormalidade? Uma coisa é ir buscá-lo [que não tem autorização, obviamente]. Agora aparecer para satisfazer a sua vontade sem pensar no estado em que a criança vai ficar quando perceber que voltou a ficar sozinho??? A Educadora foi apanhada completamente desprevenida, ainda tentou demovê-la, dizendo "não se deixe ver, que ele depois fica triste e está a almoçar tão bem". Mas sua excelência insiste e entra pelo refeitório dentro "ah, vou só dar um beijinho".

Na creche já ficou indicação de que, de futuro, em circunstância alguma e seja com quem for, é situação que não volta a repetir-se. Pedi desculpa por não ter previsto esta situação, a educadora estava aflita, mas ficou assente que quem sabe o que é melhor para o meu filho SOU EU E O PAI e esta situação não volta a repetir-se.

À mula também já dei o recado. Já sei que isto me vai trazer dissabores, que vai haver tomada de partidos, na qual eu fico SEMPRE a perder. Mas caguei. Porra, pá. Era pedir muito que me deixassem em paz!?