sábado, 31 de dezembro de 2011

Falta sensivelmente 1 hora para 2012

E eu estou sentada no sofá, de pijama. O garoto está doente e já dorme, depois de um ben-u-ron há 1 hora atrás. O big gajo está a trabalhar. Eu tenho a televisão ligada nos Gordos. Could it be worst!?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011, anda cá

Anda cá, que eu quero-te dizer um segredo:











Puta que te pariu, ano dum cabrão.
Xô.
 Vai-te.
 Pisga-te.
Xispa-te daqui.
Põe-te a milhas.
Panisgas de merd@
Obrigada.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Queiram desculpar

Mas eu não recebi casacos de marca, botas de griffe, camisolas da loja da moda, iPhone's, iPad's ou Tabblet Pc. Não recebi perfumes vindos de Paris de França ou aquele par de pantufas de trazer na rua comprados em NYC. Eu nem sequer recebi uma caixa de Guylian, que eu tanto adoro.

Cá em casa foi tudo para o mais pequeno. Mas foi tudo com conta, peso e medida. Puzzles, jogos, plasticina sem gluten, livros. Abriu tudo, viveu a magia do Natal e agora vai tendo acesso a um de cada vez, ao longo das próximas semanas. Não é pela crise, nós somos mesmo assim.

Desculpem lá se não vos esfrego as minhas cocozices etiquetas na cara, mas... não faz o meu feitio. É que já enjoa, caramba.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Salvou-me o meu filho

... de sucumbir ao pior Natal de sempre. Ia dizer que foi mesmo o pior Natal de que há memória, mas não estaria a ser justa com o meu petit enfant terrible. Valeu-me a alegria dele, o seu 1º entusiasmo a sério pela chegada do pai Natal, a felicidade dele em rasgar os papéis. Igual a ele próprio, borrifou-se nas prendas e preferiu ser o centro das atenções, cantar, gesticular e por toda a gente a repetir as coreografias.

Fora isso, e atenção que isto que acabei de descrever não tem preço, eu sei e reconheço, o meu Natal foi uma merda.

Hoje, agarradinhos ainda na cama, prometemos um ao outro que o próximo será melhor. E vamos cumprir, dê por onde der.

Agora por favor, não me venham falar de comemorações de ano novo, que eu ainda não me recompus da última fantochada, sim!?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

OH! OH! OH!

Feliz Natal a todas todos quantos espreitam desse lado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Feliz Natal, sim?

Antes que me passe definitivamente da cabeça, venho já aqui desejar-vos um Natal Feliz, dentro das possibilidades de cada um.

O meu também há-de ser. Não me lembro de ter tido um Natal em que TUDO corresse mal, como este ano. Mas eu sou uma mula do caraças e não vou deixar de ter a minha noite feliz por causa disso.

Já agora, ó duendes... vejam lá se metem uma aí cunha. Eu não peço presentes. Só queria que a diarreia do miúdo passasse rápido, que amanhã vai ter a sua 1ª festa na creche e era giro poder participar, just saying... 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Obrigada, querida máquina de secar

Tenho em casa uma máquina de secar há umas semanas. Não é nova, é de uma prima que não a usava. Ainda não sei quanto me vai custar, que a Maria ainda não lhe fez preço, mas vale cada cêntimo.

Ora vejamos:

- Praticamente só é usada para a roupa do mini [a nossa espera, que remédio]
- Lavo a roupa, estendo na marquise sem molas e deixo-a assim a "arejar" pelo menos 24h
- 24 horas depois coloco a roupa na máquina de secar, tudo ao molho
- Faço um programa de 50 minutos apenas [a humidade maior já se foi no estendal]
- Se tiver o cuidado de a dobrar ainda morna [máximo 10 minutos], fica pronta para ir para as gavetas, sem passar pela tábua de engomar

É um #win total. Gasto electricidade com a máquina de secar, mas em 24 horas fico com a roupa seca e arrumada. Não gasto electricidade para a engomar, nem perco uma hora com isso. A máquina consegue retirar imenso pêlo dos tecidos, coisa que me enervava solenemente na hora de engomar. O filtro é super simples de tirar e o pêlo sai em placas, sem fazer lixo. Aproveito a água que fica no depósito para encher a caldeira do ferro e quando vou engomar, fica um cheirinho bom. Evito o stress de ver as gavetas do miúdo a ficarem vazias e a roupa já lavada por secar. Evito aquele cheiro a mofo na roupa que fica com humidade na corda dias a fio.

Gosto da minha máquina de secar :)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A pescadinha de rabo na boca...

Eu confesso que ainda vou vivendo na ilusão de que este país funciona. Vou fazendo a minha vidinha normal, saio de casa de manhã, vou levar o garoto à escola, eu vou trabalhar, o big gajo vai trabalhar, regressamos os 3 ao final do dia, às vezes vamos às compras [ir às compras = abastecer a despensa], às vezes limitamo-nos ao básico, outras vezes temos de fazer uma ou outra despesa extra [seja roupa para o garoto que não pára de crescer, seja uma conta no mecânico] e assim vamos levando a nossa pacata vidinha. Hoje, por exemplo, decidi que não faço jantar e vou comer um hamburguer no intervalo das compras. E vou, e podia não ir e pensar que os 10€ que vou gastar me podem fazer falta amanhã. Mas ainda não cheguei lá. Ainda vivo a doce ilusão de que este país há-de pegar, nem que seja de empurrão.

Mas a verdade é que a minha cabeça começa a congeminar cada vez com mais frequência cenários preocupantes, negros, violentos até. Na verdade, isto está mais para afundar de vez do que para flutuar. Já não tenho segurança no emprego, o meu marido também não. Já não tenho segurança numa rede social de apoio, seja ela familiar ou diga ela respeito à Segurança Social propriamente dita. Já não vivo num estado-social. Já não vivo desafogada, vivo remediada. Já não tenho a segurança de um ordenado certo ao final do mês, "dê por onde der".

Começo a não acreditar que os problemas económicos e financeiros do país tenham uma solução pacífica. Adivinho muita contestação social a vir por aí. Revoltas, greves, motins, paralizações, uma guerra civil, uma Europa em guerra, uma guerra à escala mundial. Prevejo muitas dificuldades, muita pobreza. Começo a imaginar o cenário tantas vezes contado pelos meus avós, das filas para as senhas de produtos essenciais, que vão começar a escassear, a tornar-se inacessíveis para o comum dos mortais. Arrepio-me. Tenho um filho e arrepio-me. Os meus avós são todos vivos [e para mim seriam eternos] e não queria vê-los passar por tudo outra vez. Tenho medo do que vem por aí. Só não consigo prever quando exactamente, que prazo de validade enfrentamos.

No entanto, cruzo-me com as pessoas na rua e falamos dos mesmos assuntos banais, sorrimos, dizemos o clássico "vamos indo, que remédio". Mas será que vamos mesmo, será que vamos indo? E vamos indo para onde? E o que é que nos espera lá?

E logo à noite vou comer um hamburguer, porque me apetece. E amanhã, os 10€ que vou gastar podem-me fazer falta. E agora? Deixamos de consumir? Sentamo-nos todos à noite debaixo da manta, com o saquinho de água quente para não gastar gás, luz, lenha? Um país onde não há consumo, vai crescer de quê? Num país onde não há dinheiro, vamos gastar de onde? 

Sou só eu que vejo uma pescadinha de rabo na boca? 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Maré

... de azar, pois claro.
Hoje tive um daqueles dias compriiiiiiiiiiiiiiiiiidos, trabalhosos, emocionalmente desgastante. Fui jantar a casa do meu pai e no regresso tenho a casa a cheirar a cocó. Juro. Como se mil fraldas sujas tivessem ficado esquecidas durante horas num apartamento fechado e ao sol. Não sei o que raio se passa, nunca tinha acontecido. Provavelmente a merda a porcaria da chuva aliada à falta de limpeza dos esgotos terá provocado algum entupimento nas caixas e o cheiro veio por aí acima.

Mas isto não é o mais importante. Numa tentativa de fazer água correr pelos canos a ver se me livrava do cheiro, fui descarregar todos os autoclismos e abrir todas as torneiras. Acabei a levar com uma tromba de água gelada na tromba cabeça abaixo.

Só a mim.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Educar

.. é difícil.

Ando farta de estar sempre a ralhar, ora porque atira com tudo pelo ar, ora porque nos desafia e só quer andar aos saltos em cima do sofá/cama/bancos/cadeiras/you name it.

Tenho dias em que do primeiro ralhanço à palmada vão 30 segundos.

Não podemos continuar assim e a adulta sou eu, por isso sou eu que tenho de rever a minha postura. O meu piolho só tem 2 anos. Tem um desenvolvimento cognitivo e emocional acima da média [estou-me a borrifar para comentários do tipo "estás-te a armar" ou "isso é o que dizem todas"]. Tem vocabulário e discurso de uma criança de 3/4 anos e eu esqueço-me que, na realidade, ele só tem DOIS ANOS!

Sou eu que tenho de rever a minha postura e pensei muito sobre o assunto. Ele precisa de extravasar, de atirar com coisas, de desafiar, de desobedecer, de fazer birras, de pensar que manda... está na idade. Eu, decidi que, tirando as situações que o colocam em perigo, não há mais berros, ou sou eu que dou em doida.

Ele desarruma tudo? Paciência. No fim, tento convencê-lo a ajudar a arrumar.
Ele corre e salta e pula? Só lhe faz bem. É deixá-lo ir e esperar que corra tudo bem e ter sempre uma mãozinha a jeito.
Ele não quer comer isto, mas apetece-lhe aquilo? Há que ponderar. Eu também não me apetece todos os dias aquilo que me põem à frente. Não comer sopa para pedir batatas fritas 30 segundos depois é coisa para não resultar. Mas que mal tem se não lhe apetece mais sopa e me pede um pão com queijo!?
Ele tem a mão lampeira? Vai para o castigo em silêncio. No fim explico-lhe pela milionésima vez que não se bate/morde na mãe.
And so on, and so on...

É difícil educar, sobretudo quando se passa muito tempo a educar sozinha. Estou cansada, sinto-me cansada e já andava a dar em maluca com tanto stress à volta de coisas que afinal são simples e próprias da idade. Este cansaço extremo levou-me quase a tornar-me na mãe que não quero ser. O meu filho merece o melhor e é isso que eu lhe quero dar.

Nova fase, siga para bingo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sending the bad vibes away...

Prostituta que deu à Luz a.k.a. PQP

Eh pá. Estou mesmo lixada com esta situação. Há um mês atrás, tinha uma continha recheadinha que até dava gosto.

Entretanto... A) Despesas fixas [ok] + B) Duas despesas com "biaturas" sem estar a contar [ok - muuuuuuuuitos €s] + C) Aniversário piolho [ok] + D) Seguro de uma "biatura" [ok] - E) Subsídio de Natal [not ok] - F) Vencimento do cônjuge Novembro [not ok] - G) Subsídio de Natal do cônjuge [not ok] - H) Contas [não] feitas e não pagas com anterior entidade patronal do cônjuge [not ok] = A 9 de Dezembro de 2011, a conta do meu filho está mais recheada que a minha.

Se trabalhei? Muito. Se o cônjuge trabalhou? Demasiado. Puta que pariu.

Nota:
Os pontos F e G terão [ouví-nos Senhor] resolução a curto prazo, trata-se de um pequeno [?] atraso
O ponto E não apresenta perspectivas [queira o Senhor que eu não tenha mais surpresas no final de Dezembro]
O ponto H [estamos a falar de valores com 4 dígitos] vai dar muita chatice... ou não me chame eu Ni Maria.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Natal e coisas assim #2

Pois que a minha suspeita em relação ao Subsídio de Natal se confirma.



Extracto da conversa:

Eu - Perspectivas? O gajo que normalmente me paga - Não há perspectivas.

Eu - Fechamos? O gajo que normalmente me paga - Não quero equacionar essa hipótese para já, até porque blablabla whyskas saquetas.

Está bonito, portanto.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ponham os ouvidos nisto

Era bom que toda a gente ouvisse este testemunho de 6m25'

Talvez existissem mais pessoas a perceber o verdadeiro significado da SOLIDARIEDADE!

É de louvar quando nos damos ao trabalho de recolher nos nossos pertences algo em bom estado e que já não tem serventia para nós para partilhar com alguém. Esse algo, pode ser muito útil para outra pessoa, não questiono a grandeza de coração de quem o faz. Chamem-lhe solidariedade, caridade, ajuda, o que quiserem. É um gesto válido e muitas vezes faz a felicidade de alguém.

Mas de louvar mais ainda é abdicar de algo para nós, para podermos ver [ou imaginar apenas] um sorriso. Get it?

Parabéns ao Exército de Salvação, parabéns à Ana e a todas as pessoas envolvidas na logística e organização dos Anjinhos de Natal.

A todas as pessoas que não compreendem o conceito de solidariedade desta forma, eu desejo um feliz Natal e que o Ano Novo vos traga muita paz. Às outras... não é preciso. Sei que vão ter um Natal quentinho no coração e um Ano Novo brilhante, tão brilhante quanto esta iniciativa!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Chorar

Sempre fui uma pessoa de choro fácil e chorar sempre me lavou a alma. Fosse por tristeza ou emoção. De há uns meses para cá, parece que gastei as lágrimas todas e nem chorar consigo de tanto cansaço [emocional, sobretudo].

Ontem, chorei mais de uma hora seguida. É incrível o quanto me fiquei a sentir melhor.