sábado, 31 de março de 2012

Intervalo

O miúdo já está fino e recomenda-se. O pai? Bem... o pai está de rastos. Já me dava jeito um intervalinho, assim como quem não quer a coisa, senhora dona virose...

sexta-feira, 30 de março de 2012

Adeus vómitos

Olá diarreia.

Amanheci com um "ó mãaaaaaaaaaaaaaaaaaae, estou cheio de cocó". E estava mesmo. Como estava...

quinta-feira, 29 de março de 2012

Não estou a gostar

O episódio da noite anterior repetiu-se ontem. Não jantou e vomitou o lanche. Só quer água. Esteve todo o dia bem na creche e à noite pimbas. Apesar de tudo, sem febre e com energia.

Hoje voltou a acordar bem, pediu um iogurte e disse que tinha fome. Comeu, levei-o bem disposto à creche. Entretanto já liguei, parece que esteve a engonhar com uma bolacha na mão uma série de tempo. Estava agora a comer a sopa e não rejeitou, pelo menos.

Começo a pensar se terá sido boa ideia levá-lo à escola :\

terça-feira, 27 de março de 2012

A fazer figas

Para que o episódio do jantar não seja o prenúncio de nada de mais.

Grande fita. Que não queria sopa. Nada normal. Convenci-o a comer 10 colheres e a ajudar-me a contar. Um bocado enganado lá comeu as 10 colheres, mas foi impossível dar-lhe mais e também não insisti. Queres pêra? Não. Queres banana? Não. Quero um boião de fruta. Cedi, afinal sempre tinha comido as 10 colheres combinadas. Costuma comer sozinho e de enfiada, mas hoje pôs-se a engonhar. Pouquinho de cada vez na colher, ficava quartos de hora a lamber a mesma colherada. Não acabou o boião. Que não tinha fome e não queria mais nada.

Sentei-me eu para comer e ele ficou na cadeira dele. Ainda eu não tinha engolido a 1ª garfada, ouço-o chorar, como que engasgado, e... tudo fora, em jacto. Cozinha num esterco, roupa num esterco, garoto em pânico a chorar e a repetir "ó mãe, eu deitei fora, eu deitei tudo fora". Nós a tentar acalmá-lo, que não fazia mal, que são coisas que acontecem, que a mãe já limpa, não faz mal.

Lá fui mudar-lhe a roupa e lavá-lo, acalmou-se. Disse-me que lhe doía a cabeça e queria ir dormir. E lá está, desde as 20:30.

O meu instinto diz-me que esta noite ainda hei-de mudar lençóis. O meu coração suplica ao meu instinto que esteja errado. A ver vamos.

Entretanto, tinha-lhe calçado uns ténis novos, ainda um pouco folgados, acho eu, e o objectivo era irmos dar uma voltinha no fim do jantar para fazer a experiência, se se adaptava bem. Ténis vomitados, claro. Lavados e a secar. Não tenho sorte nenhuma.

Actualização:
Instinto de mãe é tramado. Lençóis mudados e banho tomado uma hora depois deste post. Passou a noite bem apesar de tudo, acordou bem disposto, aguentou o pequeno almoço no estômago e foi à escola. Já liguei para lá, diz que anda a brincar com a namorada. Siga.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vida social, precisa-se

Quando fez um ano e deixou a mama, passámos a deixar o piolho dormir nos avós uma vez por mês. Não por obrigação, mas acabou por ser essa frequência. Circunstâncias várias, que agora não interessam nada, fizeram com que deixasse de ser possível o piolho dormir fora e dar uma folguinha aos pais. Resultado, há cerca de um ano que não fazia um "programa" de gente crescida.

Um destes dias experimentámos um programa a três. Fomos ver um concerto. Cedo, em ambiente conhecido. O combinado era virmos embora assim que ele desse sinal de desconforto. Não podia ter corrido melhor. Gostou, bateu palmas, dançou. Dois terços do concerto decorrido e perguntei-lhe: "Tens sono? Queres ir embora?" Respondeu-me "Não. Quero ir lá pá fente." Filho de peixe.

E foi assim que andámos no liró até às 23h, mais coisa menos coisa. A repetir. 

TGIF?

Aqui é mais Thank God it's Monday.

Quem é que disse que era possível descansar ao fim-de-semana?

domingo, 25 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

A brasa à nossa sardinha

Sobre os incidentes da manifestação de ontem ainda ninguém me "ouviu" tecer comentários. Nem ao vivo, nem nas milhentas fotos e links de notícias que têm circulado no facebook, nem aqui.

Não vou comentar no sentido de tomar uma posição. Não posso. Não estive lá, desconheço todo o encadeamento dos acontecimentos e, mesmo sendo contra actos de violência de qualquer natureza, não tenho informação suficiente que me permita aplaudir ou recriminar a actuação policial.

Abri este parêntesis só para constatar que realmente, nisto [como em tudo, aliás] cada um puxa a brasa à sua sardinha e as pessoas conseguem estar em extremos opostos, igualmente inflamadas e cheias de razão. Mas custa-me que tanta gente desinformada tenha opinião.

Há muitas coisas que me tiram do sério

Desde logo, odeio que me mintam [tal como odeio mentir, mesmo aquelas mentirinhas da treta ficam-me sempre a pesar na consciência].

Mas há uma coisa que me lixa mais do que mentirem-me. É mentirem-me descaradamente. Estão a ver, quando vocês sabem que determinada coisa é/aconteceu de uma maneira e a outra pessoa mente com os dentinhos todos, porque ainda não se apercebeu que foi apanhada? Odeio.

Mas há pior. A pessoa apercebe-se que foi apanhada e continua a mentir para se justificar. Ou então insiste na mentira, insiste até à exaustão e depois, perante as evidências, acaba por admitir.

Odeio pessoas mentirosas. Odeio, odeio, odeio.

Pior que pessoas mentirosas, só pessoas mentirosas que ainda se armam em vítimas. PQP.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Diz uma palavra que rime com pé

... a minha palavra é... chulé!

É oficial. Os pés do mini-gajo cheiram a queijo suiço quando lhe tiro os ténis ao final do dia. Pensavas que o miúdo ia cheirar a rosas toda a vida? Deal with it.

terça-feira, 20 de março de 2012

Com peso e medida

2 anos e 4 meses

12.220 Kgs
90 cm

A minha cria tá crescida e elegante.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Técnicas para tomar banho quando se está sozinha/o em casa com um puto de 2 anos acordado

1. Estuda-se o objecto/brinquedo/livro que está em alta no momento
2. Transporta-se o dito objecto/brinquedo/livro que está em alta no momento para o hall dos quartos
3. Trancam-se as portas de acesso aos quartos e outros compartimentos perigosamente acessíveis à criança que já chega aos puxadores e já as consegue abrir :\
4. Transporta-se a criança para o hall dos quartos, deixando a porta do wc aberta
5. Assegura-se que a criança está minimamente entretida e que acertámos com o objecto/brinquedo/livro que está em alta no momento

6. Tomar banho em alta velocidade enquanto se repete até à exaustão "não venhas para aqui que te molhas, está quase, eu vou já, já"

Done.

Eu sei que muita gente acha que tem o melhor pai do mundo. Nada contra. Mas, mas, mas... isso é só porque não conhecem o meu, right? :P

O pai do meu filho? É o outro melhor pai do mundo na minha vida.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Diálogos

Vamos lavar a cara, vá.
- Nãaaaaaaaaaao. Tou a ver o Mickeeeeeey.
Mau! Queres ir para escola com a cara suja???
- Siiiiiiiiim, quero ir para a escola com a cara sujaaaaaaaaa.

Mau, Maria! Mas tu queres levar uma palmada?
- [introduzir riso safado] Sim, mãe. Dá aqui uma palmadita no meu rabo!
:\

Vamos tomar banho.
- Nãaaaaaaaaaaaa. Tou a brincaaaaaar.
Não queres ir nadar debaixo de água?
- Siiiiiiiiiiiim, vamos!
[toma banho]
Vá, vamos vestir.
- Nãaaaaaaaaaaaaaao. Tou a tomar banhoooooooooooo.
Anda lá, que apanhas frio.
- Nãaaaaaaaaaaaaaao. Quero apanhar friooooooooo.
:\

- Deixa. Chata! Deixa o menino. Eu faço sozinho. Tu não ajudas [e enxota-me] :\

- Pai, eu já disse que acho que isso não!
O quê filho?
- Acho que isso não.
Mas isso o quê, filho?
- Isso. Já disse que acho que isso não! [perceberam? nós também não :\]

- Mãe, tu não tens nariz. E agora?
Agora? Agora tens de me dar o teu.
- Não mãe, tu não tens nariz porque caiu ao chão. Tens de apanhá-lo.
[sempre odiei esta porcaria de brincadeira de tirar os narizes aos putos]
Não estou a vê-lo...
- Já sei. Ficou na casa de banho, mãe. Sozinho. O nariz tem medo das escuras. Vai buscá-lo, mãe!
:\

Sai uma palmada nas mãos, depois de 2548758 avisos:
- [introduzir beicinho irresistível] Mãe [fungadela, fungadela]! O que é que tu fizeste ao menino? [fungadela, fungadela].
:\

Estou cansada só de escrever este post...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aqui, eu sou feliz, mãe!

Mãe dá entrada na creche.
"Piolho! Foi bom o teu dia?"
"Sssim"
"Vá, vamos embora."

Piolho volta para o puzzle que estava a fazer.
"Não, mãe. Estou a acabar."

E agora tem sido assim. De há uns dias para cá, não quer sair da escola. Quer continuar a brincar. Pede mais um bocadinho. E eu dou. Sento-me lá no chão com ele ou fico à espera enquanto troco duas palavras com a educadora. Dou-lhe uns 10 minutos, sem o apressar e depois então vamos embora.

Adoro que ele não tenha pressa de vir embora. Adoro que ele pule do meu colo de manhã em direcção à brincadeira. Ontem a educadora perguntou-me se pretendíamos manter a inscrição para o próximo ano. Já estão a receber novas inscrições e precisam de contabilizar as vagas. E a minha resposta foi pronta e afirmativa. Claro que sim.

A escola do meu filho pode não ser muito moderna. O edifício pode ter mais de 20 anos, que tem. Alguns brinquedos e jogos podem já estar gastos e até podem faltar algumas peças. Mas eu não tenho dúvidas de que fiz uma escolha acertada.

Ainda não estamos no final do ano, mas em jeito de balanço, posso dizer que estou muito satisfeita. Ele tem 2 anos e encontra naquele espaço tudo o que precisa. Nos dias menos bons, encontra sempre o carinho de alguém que o aconchega quando eu venho embora. Nos dias bons, encontra o sorriso e a satisfação de quem o vê chegar também ele com um sorriso a esbanjar alegria. Todos os dias convive com uma equipa de profissionais que o acarinha [e isso nota-se desde sempre, nunca vem embora sem se despedir de todas], que o consola, que o incentiva, que cuida.

E isto é tudo o que ele precisa nesta fase. Calor, carinho, cuidado e ... brincar, brincar, brincar!

terça-feira, 13 de março de 2012

A Metamorfose

Ou algo do género. Deu-se. O miúdo é outro. Trocaram-no na creche. Ou é o mesmo mas dão-lhe redbull ao lanche, só pode.

Muito mais dinâmico e destemido [sem qualquer noção de perigo], corre, pula, trepa, pendura-se, amassa-se, canta. E como canta! Faz verdadeiros mix's.

Assim só hoje, em jeito de amostra:

"Mãe, eu peciso fazer um tefonema"
"Quero uma bolacha, mas de chocolate. Dessas não, mãe. Tem de ser de chocolate."
"Quero fazer xixi no pote" [e fez]
"Dilicia, Dilicia! Aqui Viseu mi mata. Ai seutimpego, ai ai, seutimpego"
Eu - Onde é que tu ouviste isso [a resposta normal seria "ouvi no telemóvel da Dona A., auxiliar lá na creche]
"Então! Ouvi na tua boca, tu é que cantaste" :\
"Tou? Tou? Como estás?" [ao telefone]
"Esta sopa está deliciosa, mãe. E tem um aspecto delicioso" [culpa do Uki e do Bolo Caminhante]
"Pai! Eu estou tão giro!"

Ó pá, é delicioso. É tanta areia para esta minha camioneta!!

Think positive #11

Depois de anos à procura, encontrei um Toffee Crisp no café da esquina! Vou ali lambusar-me e depois volto!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sombra

Olho para o espelho hoje e só encontro uma sombra daquilo que já fui. As olheiras, o desleixo, a falta de interesse por um trapinho bonito, por um salto alto. O entusiasmo. O brilho. O sorriso fácil e verdadeiro. O pragmatismo. A força. A capacidade de liderança. Tanta coisa escondida atrás da sombra.

Preciso de me encontrar. Vou só ali procurar-me e já [?] volto.

domingo, 11 de março de 2012

Um domingo sossegado [not]

Longe vão os domingos de sossego. Com sestas prolongadas, para os três. Direito a passeio tranquilo e regresso a casa sem os bofes de fora.

C'um caneco! Onde é que os miúdos vão buscar tanta energia?

7:15 - 1º ameaço de alvorada [please, please, please, dorme só mais um bocadinho, please]
8:00 - 2º ameaço de alvorada [mãe, já estás a abusar]
8:30 - ALVORADA! "Mãaaaaaaaaaaaaaaim! Onde é que tu estáaaaaaas?

Manhã passada a dois [mãe e filho] entre vestir, sair, tomar café com uns amigos, ele a correr mais de uma hora na brincadeira com o amiguinho, voltar para casa, jogar à bola na sala [eu tinha dito que isto não ia acontecer, mas que se lixe], abrir um presente, espalhar as peças pela casa toda, arrumar e, finalmente, almoçar.

Sair, tomar um café e andar uns 25 Kms de carro [sesta de menos de uma hora, entre a viagem e a paragem num cantinho à sombra]. Acordar. Parque. Aqui, lanchou, andou 745653 vezes no escorrega, correu atrás de uma bola 246 Km [o pai atrás dele e eu encostada a uma árvore a dormir de olhos abertos], voltar, banho, brincar, brincar, brincar, jantar e... ele próprio pediu: "mãe, quero ir para a cama". E assim, às 20h adormeceu. Quero ver a que horas será a alvorada amanhã!

Fui. Este miúdo deixa-me rota.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O meu pequeno tirano

Ao colo do pai, na cozinha, enquanto eu preparava carne à bolognesa [esta parte é só para mostrar que eu também sei fazer umas coisas na cozinha]:

Piolho: "Vamos para a SALAAAAAA" [tom autoritário, como quem diz "já para a sala, a andar na minha frente e rápido"]
Eu: Oh. Oh. Então mas agora é assim que se fala?
Piolho [usando o mesmíssimo tom autoritário]: SE FAZ FAVOOOOOOOR!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Para reflectir

"É difícil ser individuo quando toda a gente quer que tu sejas padrão. E a mudança. As pessoas não gostam disso. Tu esperneias e tens TODA a gente a puxar-te para o fundo. As pessoas são patéticas, mas têm o poder de sugar a tua identidade com joguinhos, pressões e chantagens."

"[...] as pessoas são medrosas. Só se focam no que têm a perder e nunca no que têm a ganhar."

[M. V.]

É tão verdade...


Nerves

Sabem aqueles dias em que tudo nos enerva? As notícias. O sorriso amarelo da pessoa com quem acabámos de nos cruzar. O trabalho. Os blogs. O facebook. Ter-se fome e não se saber o que nos apetece realmente. Essas coisas. Sabem?

Para mim, é hoje.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Ódios de estimação

André Sardet.

Ele paga às rádios para passarem as pseudo músicas [?] dele, não é?

terça-feira, 6 de março de 2012

Gosto disto

E por falar em silêncio e calma, lembrei-me disto. Isso quer apenas dizer que estou ... cota!

Saga chupeta

Na passada 5ª feira, reparei ao chegar à creche que a chupeta do piolho estava toda rota de ele trincar. Disse-lhe qualquer coisa como "Ai filho, esta chupeta está uma vergonha. Temos de a deitar ao lixo". Para minha surpresa, ele foi direito ao caixote do lixo e deitou-a fora. Fiquei um bocado apardalada e disse à educadora: "tem uma nova na mochila, vamos ver como corre".

Quando o fui buscar à tardinha, disseram-me que dormiu pacificamente sem o adereço. Fiquei obviamente surpreendida, mas resolvi alinhar e à noite também não lha dei. A resposta era sempre a mesma: "não te lembras que a deitaste ao lixo?" Pediu uma nova, disse-lhe que não tinha. Pediu-me para ver os bolsos. Mostrei-lhos, vazios. Resignou-se e acabou por adormecer e dormir a noite toda sem o objecto de sua adoração. Os três primeiros dias passaram-se quase sem dramas. As mesmas perguntas, as mesmas respostas. Até que deixou de falar no assunto. Pensei que a etapa estava ganha.

Mas enganei-me. À medida que o tempo foi passando, notei-o mais nervoso e agitado. Como se estivesse a ressacar, meu rico filho. Se as primeiras 3 noites foram pacíficas, as últimas 2 foram pavorosas. Odeio ver o meu filho assim. Sinto que sofre, geme, treme, diz que tem medo, não quer ficar na cama dele, passou a adormecer ao colo [coisa antes nunca vista], acorda de noite e chama, chama, chama. Eu vou, claro, e fico lá com ele, embalo, canto, sossego-o, digo-lhe que estou sempre ali, blablabla. Esta noite tive de o levar para a minha cama às 6 da manhã. Deixei-o com o pai e fui dormir para a sala.

Ele só tem 2 anos e uns pós. E sofre. E eu não quero vê-lo sofrer mais. Nunca pensei que fosse tão complicado, mas a culpa foi minha. Ele efectivamente deitou a chupeta no lixo, mas não contava que não houvesse mais nenhuma. Eu é que forcei. E eu é que tenho de descalçar esta bota. Falei com o pai e decidimos devolver-lha, à noite, antes de ir deitar, na esperança de o conseguir convencer a deixá-la ficar na cabeceira, de manhã. Mas também decidimos que seja qual for o desfecho, não vamos forçar nada. Já chega. Todo este sofrimento do miúdo foi escusado e inglório.

Reconheço a razão dos argumentos contra a chupeta, que dá cabo dos dentes e tal e tal, mas eu acho que a falta daquele objecto que o consolava, mesmo que só à noite, está a ter consequências que não compensam. O meu filho que sempre adormeceu sozinho, na cama e sempre dormiu toda a noite, regrediu. E eu não vou andar a compor de um lado para estragar do outro. Psicologicamente, tem sido duro para ele, sobretudo, mas também para nós.

De certeza que não há-de levar chupeta para a tropa. E há-de ser assim com tudo. As coisas irão acontecer ao ritmo dele e não ao meu. Espero estar a fazer o melhor. Pelo menos, estou a fazê-lo em consciência, e a pensar nele em 1º lugar.

Já sei que as opiniões são as mais diversas sobre este assunto. Estão todas convidadas a partilhar, mas este post não é mesmo daqueles pedidos de opinião. É só um registo do que aconteceu e do que decidimos fazer para lidar com a situação. Hei-de voltar ao assunto.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Educar é tramado

Eis que chegamos à fase dos terrible two ou algo assim. O meu doce e afável filho estica mais a corda a cada dia que passa. Ainda bem que sempre lhe demos rédea curta nessa coisa tramada que são as birras-porque-sim. De outra forma, não sei de que maneira teria mão nele neste momento.

Não posso dizer que seja um miúdo birrento e insuportável. Leva-se, umas vezes melhor outras pior, mas leva-se. Tem uma resposta para tudo, sempre contrária àquilo que lhe estão a dizer, óbvio. Desafia-nos, provoca-nos, chega a dizer-nos "olhem, eu estou a fazer asneiras". Sabe que está a fazer mal e ri-se. Sabe que vamos ralhar e pede palmadas "dá-me lá uma palmada, mãe". O pai acerta-lhe a blusa [que é como quem diz, sacode-lhe o pó da fralda] e ele responde "não me doeu". Eu ando com a paciência a roçar níveis negativos. Às vezes saio de perto e vou contar até 100 para outra divisão, tal é a vontade de lhe dar naquelas mãos a sério. Às vezes não saio de perto e dou-lhe mesmo. Ralho. Odeio gritos e dou por mim a ralhar com ele num tom demasiado alto. Gostava de não lhe levantar a mão, de não lhe dar palmadas, de não ralhar e de não berrar. Gostava. Mas o castigo, às vezes, simplesmente não resulta. Aliás, às vezes nada resulta. Ainda não descobri o que o faz travar. Tiro-lhe os brinquedos e ele borrifa-se [ou finge muito bem que se está a borrifar]. Ponho-o de castigo e ele fica na boa. Sacudo-lhe o pó e ele ri-se e diz que não doeu. Quando lhe dou a doer... fico eu de rastos.

Merda. Educar é tramado.