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O piolho afinal não caminha. O piolho corre. Devido a esta mania, este fim-de-semana tivémos direito a um lábio cortado em pleno centro comercial. Água fria, muita choradeira, uma mãe com o coração na boca, um grande susto que felizmente não passou disso mesmo.

O piolho adormeceu pacificamente durante 16 meses. Lá teve uma ou outra noite em que demorou mais 5 minutos, mas pacífico. Temo que a paz tenha chegado ao fim. Deito-o. Passados 30 segundos ouço: "Mããããããããããããee! Ó mãããããããããããe". Vou lá. Quer colo, quer "xala", quer sair da cama, quer "temixão" [televisão], quer tudo menos fechar a pestana. Acalmo-o, dou colinho e miminhos, volto a deitá-lo. Passados 30 segundos: "Mããããããããããããee! Ó mãããããããããããe". Vai lá o pai. Não quer nada com o pai. " "Mããããããããããããee! Ó mãããããããããããe". Vou lá. Faço-lhe festinhas, falo baixinho, tento não o tirar da cama. Vou-me embora. Fica a falar e eu a ouvir a conversa pelo intercomunicador. Com sorte, lá acaba por acalmar e adormece... ufa! 6h00: "Mããããããããããããee! Ó mãããããããããããe". Apre!!!

Repete tudo. Chama pela prima de manhã à noite. E ela, que faz 2 anos esta semana, quase nunca lhe liga nenhuma. Tão pequenino e já leva com as alterações de humor das "gajas"...

Mãe sofre.