Mais [neste caso, menos] 1% em cima do meu vencimento. Já recebi a actualização das tabelas de IRS. É engraçado, sem graça nenhuma, o quanto se nota mês após mês a diminuição do nosso poder de compra.
Por um lado, aumenta a carga fiscal, aumentam os preços do gasóleo, da comida, das fraldas, de tudo. Por outro, vemos os vencimentos a emagrecer, seja por congelamento salarial, seja pelo aumento da carga fiscal (again). Continuo a ter o subsídio de Natal "pendente".
Todos os meses entra menos dinheiro lá em casa. Todos os meses as despesas fixas são as mesmas e as variáveis tendem a aumentar desmesuradamente.
Já perdi a noção do preço do gasóleo. Uso bombas lowcost e nem penso mais no assunto.
A única coisa que diminuiu foi a prestação da casa a partir de Março, devido às últimas descidas das taxas de juro. Nos próximos 6 meses pagaremos menos cerca de 15€ [tudo a levantar os braços e a exclamar: yeahhhhhhhhhh] de "renda"...
O garoto precisa de calças [e eu já nem penso em comprar para nós, adultos]. No sábado vi umas giríssimas, custavam 20€, ficaram obviamente no expositor... E não entro em lojas caras, isto foi na H&M, por exemplo.
As fraldas, valha-me Deus, as fraldas. De janeiro para fevereiro, um aumento de 3€ no pack mês das DODOT Etapas no Jumbo. Comprei DODOT básico.
Sumos? Não temos, mas temos pena. Arroz, massa, feijão em lata e outras mercearias? Marca branca. Papel higiénico? O que estiver em promoção. Detergentes? Idem, salvo algumas excepções.
Passeios domingueiros? Ao parque lá ao pé de casa. À FNAC nos dias mais frios. Livros e DVD's? Talvez no próximo mês. Comemorações e festas? Não fazemos. Presentes? Para as crianças e até isso está complicado. Concertos? Hahahahahahaha! O último foi em fevereiro... do ano passado.
Torradinhas? Em casa. Um chocolatinho para adoçar a boca à tarde? Regime.
É cortes a torto e a direito. Já me bastam as despesas em que não posso cortar. A continuar assim, não sei onde vamos parar. E eu sei que vivo bem. Eu sei que há quem viva com muito menos. Se calhar é a necessidade que faz bons gestores. Realmente, gerir quando há fartura é fácil. Difícil é fazer ginástica orçamental. FML.
6 comentários:
Fico triste ao ler o seu post, apesar de ser a mais pura verdade. É triste ver como as coisas andam neste país (e noutros também...) Um beijinho dear.
Eu também não sei onde vamos parar assim, sinceramente.
Fraldas? experimenta as do minipreço, são optimas e baratas. Deram-me a dica e já não as larguei.
Ainda me permito alguns luxos que acho que não o deveriam de ser, pois se trabalhamos também temos de os fazer, mas as coisas estão a ficar feias e dou por mim a pensar muito mais que antigamente. Espero que melhore esta situação.
Sim eu também fico muito triste ao ler isto tudo, pois sempre que aí vou a Portugal fico abismada com o preço das coisas, principalmente produtos/roupa para crianças e bebés. Tenho familiares com filhos numa situação muito, muito complicada. E não sei mesmo como vão dar a volta. É triste.
Um bjinho para vocês.
Pois, eu cada vez estou mais assustada a juntar a todas estas subidas e a todos os cortes o meu contrato termina no próximo mês e não o vão renovar...
Amiga, tu tens que desligar um bocadinho, senão queimas os fusíveis... eu sei que isto está cada dia mais complicado e que já não temos mais onde cortar, mas... olha nem sei que mais te dizer para te animar e ajudar a arrebitar desta fase menos boa que estás a passar!
Sabes, às vezes prefiro nem pensar muito...é que uma pessoa dá em doida!
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