Ando um bocado perdida. A situação do país [e de todo nós] assusta-me. Assusta-me termos chegado a este ponto quase sem darmos por ela. Mesmo os mais cautelosos e atentos. Assusta-me não gostar das medidas tomadas, mas assusta-me mais ainda não poder dizer: "Sou contra a subida da TSU, porque existe uma alternativa viável a esta medida. Essa medida é............................" Alguém sabe? Eu não.
Na verdade, eu em 1º lugar sou contra a subida da TSU porque me vai pesar muito no orçamento. Mas isso seria contornável, se eu fosse capaz de perceber a utilidade da medida. Mas não sou. Acho que ninguém pode garantir nada e, mesmo para o governo, isto é um tiro no escuro.
Depois, ouço especialistas a desmontarem a medida, a ver se percebo afinal porque é que vou passar de pobre a mais pobre ainda. E não percebo. Então, apercebo-me que o estado das coisas é muito mais grave e profundo. Que cortar as "gordurinhas" do Estado não chega. Eh pá, não chega mas ajuda. A mim pelo menos, ajudava-me a perceber o meu sacrifício. Estou farta de me encolher e ver sempre os mesmos a encher.
É preciso irmos ao fundo para depois nos levantarmos? Então vamos. Mas vamos todos, porra.
Acho que estou perdida. Às vezes já não sei o que pensar.
4 comentários:
Eu ainda hei-de elaborar sobre o porque sou contra esta medida, um destes dias...
Depois há alternativas sim, como por exemplo aumentar a fiscalização sobre a economia paralela, que já pesava bastante, mas agora subiu para os 40%... o que significa que eu e tu pagamos porque dificilmente conseguimos fugir, mas há quem fuja!
Há outra alternativa, que é acabar com as PPP's e as rendas chorudas à EDP, Galp e REN. Só a Galp teve um lucro no ano passado de 200 milhões... e possivelmente ficaram isentos de impostos, como há uns anos atrás ficou, juntamente com a PT...
Subia nem que fosse 5% o escalão de imposto das grandes fortunas.
Reduzia os n.º de acessores e secretários dos secretários dos acessores dos ministros e adjuntos. Acabava com certas comissões de inquérito parlamentar que nunca apuram nada, mas comem dinheiro dos nossos impostos!
Sim, naná. Eu também vejo a necessidade de actuar aí, sem dúvida. Não sei é se isso chega... mas dividir a factura já era um bom começo. Agora sempre a bomba a rebentar na mão de quem já não pode encolher mais, é que não.
Nem mais!Mas a questão é que é preciso tê-los no sítio para implementar estas medidas!
Mas nós "demos por ela" - isso é que é grave. Tínhamos aqueles que na altura eram apelidados de "mensageiros da desgraça" clamando aos 4 ventos que as famílias estavam demasiado endividadas, que o Estado não fez investimentos produtivos, que o país estava cheio de auto-estradas sem necessidade, que... que... e os senhores políticos diziam que não, que Portugal estava bem e recomendava-se.
E nós acreditámos nos políticos.
E os políticos fazem o que sempre fizeram - cravam mais um prego no caixão da classe média e fá-lo-ão até que esta seja varrida do mapa.
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